A oferta de Moscou de criar em seu território uma usina de enriquecimento de urânio conjuntamente com o Irã "continua de pé", afirmou segunda-feira Serguei Kisliak, vice-ministro de Assuntos Exteriores russo. "Mas esta oferta só poderá ser concretizada se o Irã voltar a suspender suas atividades nucleares, como assinala a resolução do Conselho de Governadores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)", disse Kisliak à agência russa Interfax.

O vice-ministro de Exteriores afirmou que "também continua de pé" o convite a especialistas iranianos para participar de consultas, no dia 16 em Moscou, sobre a criação de uma joint-venture russo-iraniana em território russo para enriquecimento de urânio. No sábado (04/02), o Conselho de Governadores da AIEA adotou uma resolução que remete o programa nuclear do Irã ao Conselho de Segurança da ONU, embora não ameace aplicar sanções ao regime de Teerã.

A Rússia ressaltou que a AIEA ainda mantém o problema iraniano dentro de sua esfera. "A postura da Rússia se baseia agora na resolução do Conselho de Governadores, que mantém o caso iraniano na esfera da AIEA", declarou o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores russo, Mikhail Kaminin.

Segundo Kaminin, a resolução reflete "o desejo da AIEA de continuar empregando métodos diplomáticos para persuadir o Irã a voltar a suspender" suas pesquisas nucleares e o enriquecimento de urânio.
(EFE, 06/02/06)
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