BID avalia proposta para programa que pode elevar capacidade de tratar esgoto
2006-02-07
Começou ontem o trabalho dos técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a avaliação da proposta de readequação do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), iniciativa que pretende elevar o índice de capacidade de tratamento de esgotos de Porto Alegre dos atuais 27% para 77%.
O pedido para rever o projeto e liberar US$ 115 milhões foi encaminhado no final de 2005 pelo prefeito José Fogaça e pelo diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flávio Presser, em audiência com representantes do BID, em Washington (EUA).
O Pisa estava paralisado desde 2003 por causa de déficits financeiros do município entre 2002 e 2004 e dos atrasos e não-pagamentos de amortizações e financiamentos anteriores ao banco. "Vamos verificar a atual situação financeira do município e do Dmae, o processo de recuperação das contas anteriores, além dos impactos ambientais da obra. A previsão é que os recursos possam ser liberados até o final de 2007", revelou o economista do BID Hugo de Oliveira.
Os técnicos do banco analisam a documentação na prefeitura, Dmae e Secretaria da Fazenda até o próximo dia 10. "É o início da retomada de um projeto vital para a Capital. Acreditamos que o trabalho para recuperar o equilíbrio financeiro será bem avaliado pelo BID para que possamos receber esses recursos o mais rápido possível", afirmou Fogaça. Ontem, ele teve o primeiro encontro com os técnicos, no Paço Municipal.
Presser adiantou que, até o segundo semestre, as primeiras obras do Pisa deverão sair do papel, com o início da rede de coleta e tratamento da Restinga e da rede da Cavalhada. Essas iniciativas serão realizadas com recursos próprios e da Caixa Federal, totalizando R$ 40 milhões. Segundo ele, é necessário buscar ainda alternativas no Ministério das Cidades.
(CP, 07/02/06)