Presidente uruguaio quer expulsar ativistas do Greenpeace
2006-02-03
O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ordenará a expulsão de ativistas da organização ambientalista Greenpeace no caso de uma nova incursão ilegal em águas uruguaias ou no espaço aéreo ou terrestre do país, informou nesta quarta-feira (01) a imprensa local.
Segundo nota publicada pelo jornal La República, o presidente comunicou essa decisão às autoridades da Prefeitura Nacional Naval e à polícia, que executarão a ordem de forma "imediata".
A posição de Vázquez, quanto a não tolerar violações da soberania uruguaia, foi transmitida também pelo próprio presidente aos líderes da oposição na segunda-feira, em uma cúpula que abordou o conflito entre Uruguai e Argentina pela construção de duas indústrias de celulose em Fray Bentos, a 309 quilômetros de Montevidéu, sobre o Rio Uruguai.
O governo argentino questiona a instalação das indústrias, construídas pela finlandesa Botnia e pela espanhola Ence, por seu possível impacto ambiental.
Em 17 de janeiro, membros do Greenpeace vindos da Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Finlândia, Itália, México e Uruguai cruzaram o rio em embarcações de plástico, desembarcaram no cais da Botnia e montaram acampamento. A iniciativa terminou 40 minutos depois, com a intervenção do pessoal de segurança da empresa e de efetivos da Prefeitura, que prenderam os ativistas e os libertaram pouco depois. O Greenpeace pede uma mudança na tecnologia que será utilizada nas indústrias de celulose, possibilidade que foi descartada tanto pelas autoridades do governo uruguaio quanto pelas empresas. (Ansa/ Estadão Online, 01/02/06)