O Rio Grande do Sul registrou 12 novos focos de ferrugem asiática na soja em lavouras comerciais na última semana. Conforme o Sistema de Alerta da Embrapa Soja, as áreas localizam-se em Passo Fundo (7), Charrua (3), Carazinho (1) e Viadutos (1). Os dados foram atualizados no último dia 31, quando havia 46 registros da doença fúngica no RS, 32 deles em plantios comerciais.

Ainda no dia 31, foi confirmado mais um foco pelo laboratório da Universidade de Passo Fundo (UPF), em Passo Fundo. Outros três apareceram na área de ação da Cotrijuí. O departamento técnico da cooperativa aguarda pelo laudo da UFSM em relação à lavoura situada em Coronel Bicaco. Em outras duas áreas em Redentora foram colhidas amostras da planta para envio ao laboratório patológico, mas o diagnóstico técnico aponta para a ocorrência da ferrugem.

Ontem (01/02), podiam ser confirmados mais três casos da doença, os primeiros na Fronteira-Oeste nesta safra. Conforme o agrônomo Charles Aurélio Dalmasso, da Cotrisal, os resultados dos exames laboratoriais das amostras coletadas em três propriedades devem confirmar o diagnóstico visual feito durante o monitoramento diário.

A região cultivou 60 mil hectares de soja. A Fundacep, de Cruz Alta, divulga hoje os laudos. Em todo o país, já chega a 672 o número de casos oficiais, com o Mato Grosso do Sul liderando a lista com 222 focos.

Conforme indústrias do setor, o avanço da ferrugem da soja no país esta fazendo com que os produtores ampliem o consumo de fungicidas, embora ainda não haja estatísticas desse incremento de demanda. Enquanto na safra passada os produtores faziam de 1,5 a duas aplicações de fungicida (um volume de 750 mililitros a 1 litro por hectare), nesta temporada estão sendo feitas de duas a três aplicações.
(CP, 02/02/2006)