A Copesul anunciou ontem lucro recorde registrado em 2005, de R$ 615,5 milhões, superando em 3,7% o recorde que havia sido alcançado no ano anterior, de R$ 593,5 milhões. O novo recorde foi conquistado mesmo com parada de 32 dias para manutenção na Planta 2.

Neste ano, a empresa investirá US$ 23 milhões somente no projeto de uma unidade de produção de butadieno (matéria-prima para a borracha sintética) e US$ 12 milhões no projeto que possibilitará a fabricação de ETBE (etil tércio butil éter), aditivo para gasolina que utiliza etanol no processo produtivo, na unidade de MTBE (metil tércio butil éter) - aditivo produzido a partir do metanol -, e no estudo de fortalecimento da cadeia de elastômeros e melhorias na logística.

O ano passado também foi marcado por preços elevados de matérias-primas, que ficaram escassas em determinados momentos, destacou o diretor Bruno Albuquerque Piovesan. A receita bruta foi de R$ 7,348 bilhões, 2,7% maior que no ano anterior. A expectativa para 2006 é de manutenção do crescimento. Piovesan trabalha com perspectivas de crescimento mundial de 4,4% e preços de matérias-primas ainda elevados.

Apesar do resultado positivo, houve ligeira redução no Ebitda (valor antes de juros, impostos, amortização e depreciação) societário, de 2,2% negativos, passando de R$ 1,09 bilhão em 2004 para R$ 1,066 bilhão em 2005. Conforme Piovesan, isso ocorreu devido à redução de volumes de vendas.

Em 2005, a Copesul operou ao nível médio de 93,3%, ante 96,6% em 2004. As vendas totais sofreram redução de 2,38% em relação a 2004, caindo de 2,81 milhões para 2,74 milhões de toneladas."Tivemos eficiência operacional melhor, margem melhor, mas o volume foi menor", resumiu.

Para 2006, a previsão de investimentos totais é de US$ 76 milhões ante US$ 70 milhões em 2005 (a parada custou outros US$ 25 milhões). Desse total, 41 milhões de dólares serão direcionados a atualizações tecnológicas. A expectativa é fechar o ano com vendas de 2,8 milhões a 2,9 milhões de toneladas.
(CP, 02/02/2006)