"Prevenir custa muito menos que reconstruir", diz diretor do Conselho Mundial da água
2006-02-02
Uma política de prevenção de desastres naturais resulta oito vezes mais
econômica do que financiar as operações de ajuda e reconstrução das zonas
afetadas, afirmou o diretor executivo do Conselho Mundial da Água, Daniel
Zimmer. Em visita ao México, que será a sede do Fórum Mundial da Água de 16 a
22 de março, Zimmer explicou que nesta reunião mundial "será destacado o fato
de que os especialistas concordam que considerar na possibilidade de um
financiamento preventivo é oito vezes mais rentável do que destinar verba
especial ao resgate e à recuperação".
O diretor executivo do Conselho Mundial da Água manifestou sua preocupação com
o fato de que "os governos de todo o mundo, tanto nos países em
desenvolvimento como nos desenvolvidos, estão deixando de investir nas redes de
monitoramento dos perigos relacionados à água".
Como exemplo, o Conselho citou os danos causados pelo furacão Katrina, que
devastou o sudeste dos Estados Unidos em 2005, e que foram duas vezes maiores
do que os deixados pelos atentados de 11 de setembro de 2001. "As estimativas
demonstram que o relógio do desenvolvimento de um país retrocede de cinco a
dez anos toda vez que sofre uma catástrofe natural", acrescentou.
Ele disse ainda que as catástrofes naturais relacionadas à água na África,
América Central e pequenas ilhas fazem com que o Produto Interno Bruto (PIB)
retroceda em cada fenômeno e afete suas economias por várias décadas, sem
chegar a uma reconstrução das zonas devastadas.
O Conselho Mundial da Água, com sede em Marselha, promove um melhor manejo dos
recursos hídricos, tanto no plano governamental quanto entre os atores
econômicos.
(AFP, 01/02/06)