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2006-01-31
Um grupo de resistência formado por diversas organizações não governamentais do País, como a indigenista Kanidé e Mab (Movimento dos Atingidos por Barragens), inicia na Capital a partir desta semana uma verdadeira “gerrilha” contra as construções das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (entre Porto Velho e Abunã). O movimento de resistência estava sendo organizado em sigilo pelo grupo, mas fontes do Diário, que não quiseram ser identificadas, informaram que agora o grupo que se mantinha “quieto”, irá iniciar as manifestações contrárias. “Vai ser uma verdadeira guerrilha. Vamos fazer tudo para evitar a construção das usinas.”, disse um integrante da Kanidé, que veio de outra região do Brasil para se integrar ao movimento de resistência.

O Diário também ouviu na última semana, o doutor em energia, professor da Universidade Federal de Rondônia, Artur de Souza Moret, que apesar de ter confirmado a existência do grupo de resistência, também desconversou sobre as manifestações. “É preciso ter cuidado com as informações. O certo é que iremos fazer uma luta democrática e burocrática”, afirmava o professor explicado que na questão de burocracia, o grupo irá pressionar o Ibama e Ministério Público, para evitar a construção das usinas. Quanto a questão democrática, o doutor em energia disse. “Vamos lutar com as armas que temos”, afirmou o professor da Unir.

Fontes do jornal informaram que as ações do grupo de resistência iniciam neste Domingo com uma visita às comunidades ribeirinhas de Santo Antônio e Jirau, onde serão construídas as hidrelétricas. As informações dão conta também de que ainda esta semana será lançado um site oficial do movimento com todas as informações sobre o impacto ambiental, que será causado com a construção das usinas.

Na última semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu do Ministério de Energia o cronograma de leilões de energia que o governo federal irá realizar este ano. Serão dois lelilões, o primeiro com, previsão de ser feito ainda neste primeiro semestre do ano para a construção do Complexo do Rio Madeira.

Usinas do Madeira - A implantação de Aproveitamentos Hidrelétricos no rio Madeira, principal formador do rio Amazonas no território brasileiro (bacia com 1.420.000 km2), não tem apenas a perspectiva da geração elétrica, mas também à extensão da navegação acima da cidade de Porto Velho, através dos rios Orthon, Madre de Diós, Beni, Mamoré e Guaporé, complementando a atual hidrovia existente que vai de Porto Velho até Itacoatiara (AM). Furnas Centrais Elétricas S/A é a empresa responsável pela construção das usinas.

O Projeto, que prevê a geração de emprego num investimento de cerca de 20 bilhões de reais, já passou por uma série de apresentações. Atualmente encontra-se no Ibama (Instituto do Meio Ambiente), que analisa estudo sobre possíveis impactos ambientais.

Furnas garante que as usinas trarão soluções de desenvolvimento sustentável a região, proporcionando a melhoria de vida das populações de Rondônia, Acre, Amazonas e Jirau. Porém as entidades contrárias a construção das usinas garantem que elas trarão um impacto ambiental muito grande.

“Grandes obras, causam grande impacto ao meio ambiente”, disse o professor da Unir, Artur Moret explicando que “o Madeira é um rio em formação. Não sabemos como ele irá ficar com a construção das barragens. O certo é que teremos prejuízos”, afirmou. Quanto aos principais impactos ambientais, Moret citou como exemplo, a questão das alagações, aparecimento de doenças e ainda com o mercúrio que encontra-se no lençol freatico do rio. “Na época intensa do garimpo, muito mercúrio ficou no rio. No decorrer da construção as usinas irão mexer no rio Madeira e o que Furnas não responde é como irá tratar do Mercúrio, substância cancerígena”, questiona Moret.
(Diário da Amazônia – RO, 30/01)

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