Restam apenas entre 30 e 50 mil elefantes na Ásia
2006-01-31
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) expressou Domingo (29/01) sua preocupação com o número cada vez menor de elefantes asiáticos, dos quais restam entre 30 e 50 mil, e com a destruição de seu hábitat, reduzido a 5% do território original. A organização ecológica suíça lamentou que a cada ano morram centenas desses animais, vítimas da ação humana.
Os elefantes asiáticos são considerados uma espécie em risco de extinção, e vivem principalmente em países do sul e sudeste do continente, como Vietnã, Índia, Indonésia e Tailândia, onde só restam 500 mil dos 9 milhões quilômetros quadrados de habitat natural que existiam originalmente. Atualmente, a população de elefantes varia de um país para o outro com menos de 100 no Vietnã e até mais de 20 mil na Índia.
"O conflito entre homens e elefantes é a principal causa da morte dos animais, que são envenenados, assassinados e caçados", afirmou a organização em comunicado. A crescente transformação das florestas e de outros habitats dos elefantes em campos agrícolas e cidades provocaram a destruição de seus "caminhos e alimentos tradicionais".
Reunião
"Devemos adotar estratégias sobre o uso do território a longo prazo, e que considere as necessidades biológicas desta espécie se quisermos que os elefantes coexistam com os humanos", destacou a nota. A IUCN defende que, caso contrário, o número de elefantes continuará diminuindo em grande parte do sul e sudeste da Ásia.
A organização afirmou que o massacre ilegal de elefantes para o tráfico de marfim e o comércio de sua carne, ossos, dentes e pêlo são fatores que ajudou consideravelmente na redução do número de animais em grandes áreas.
Essa semana, a situação foi discutida em uma reunião em Kuala Lampur, da qual participaram representantes de 13 países asiáticos onde vivem populações de elefantes. Durante o encontro foi abordada a necessidade regional de garantir a sobrevivência da espécie.
(EFE / Terra On Line, 29/01/06)