Uma contribuição para o debate sobre uso do carvão que se inicia: um dos maiores produtores de energia elétrica a partir do carvão mineral, o grupo alemão Steag, garante que as modernas tecnologias eliminaram a poluição que tornava o carvão um inimigo do meio ambiente. Segundo Mark Grünewald, que esteve em Porto Alegre há alguns meses, participando do 1º Fórum Internacional do Carvão Mineral – Energia Segura com Responsabilidade Ambiental, promoção da secretaria de Minas e Energia, seu grupo produz 9 milhões de quilowates, com uso de carvão, na Alemanha, e não tem problema de poluição. Apesar de haver se retirado do projeto da Usina Seival, em conseqüência da demora da definição brasileira sobre o setor elétrico, a Steag “vai ser parceira no projeto”, com fornecimento de tecnologia.

Como o assunto é carvão, a Copelmi, principal empresa exploradora de carvão mineral no Rio Grande do Sul, não desistiu de trabalhar as jazidas de carvão existentes em Gravataí, consideradas de melhor qualidade. A empresa está em busca de autorização dos órgãos ambientais para a mineração.

Ainda dentro do assunto, o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, anunciou que os 34 contratos de compra de energia da usina termelétrica Jacuí 1, a carvão, serão assinados no próximo dia 3 de fevereiro entre a empresa Eleja S.A. e a Agência Nacional de Energia Elétrica. O negócio fechado no leilão de dezembro do ano passado totaliza 254 MW de energia contratada, com R$ 289,2 milhões/ano de receita fixa para a empresa, que tem 90% do capital controlado pela alemã CCC Machinery e 10% pela Carbonífera Criciúma.
(Danilo Ucha, JC, 30/01/06)