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2006-01-30
Elas são rápidas, vorazes e podem parecer impiedosas ao raptar as presas antes de saborear a refeição. Mesmo ostentando tanta resistência, as aves de rapina podem vir a desaparecer da área de Pernambuco e redondezas. Seu predador, de forma indireta na maioria das vezes, é o ser vivo mais devastador da atualidade: o homem. As alterações provocadas pelo ser humano nos ecossistemas dessas aves são responsáveis por afastá-las do habitat natural, causando a longo ou curto prazo a extinção de muitas espécies. A perda, mais do que um simples sumiço, pode desencadear um grande desequilíbrio biológico, afetando até a saúde humana.

No chamado Centro Pernambuco, região que vai de Alagoas até o Rio Grande do Norte, existem 43 espécies de gaviões, águias, falcões e corujas registradas. Segundo os pesquisadores, algumas são tão raras que deveriam entrar nas listas de animais ameaçados de extinção. "A alteração ambiental é o principal fator que leva à raridade das espécies. Elas precisam ser protegidas para garantir umareprodução e a manutenção dessas aves", afirmou a bióloga e diretora de projetos do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, Sônia Roda. A coruja caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) é uma das que vai compor a lista do Ibama.

O desaparecimento da caburé-de-pernambuco é considerado uma perda ainda maior cientificamente pois a espécie só ocorre no Centro Pernambuco (é endêmica). Outras duas espécies que constam em listas de ameaça como quase ameaçadas e vulneráveis são, respectivamente, o gavião pombo-grande e o gavião pombo-pequeno. "As espécies podem ser ameaçadas localmente e estar bem preservadas no Sul do país. Mas o centro de endemismo de Pernambuco é o mais importante da América do Sul", informou Glauco Pereira, biólogo e integrante do grupo de Observadores de Aves de Pernambuco (OAP). Ele esclareceu que as aves de rapina contribuem com o equilíbrio ecológico, mantendo estáveis populações de roedores, répteis e outras aves.

A águia pescadora (Pandion haliaetus), possui poucos registros emPernambuco. "Até o momento, ela foi vista apenas em duas ocasiões no estado e o aterro e a poluição dos ambientes estuarinos ameaçam essa espécie", destacou Pereira, que também é pesquisador do Cepan. Ele também citou como ave fundamental para o equilíbrio da população de ratos a coruja-de-igreja ou coruja-rasga-mortalha (Tyto alba).

Sônia disse que as aves de rapina são prejudicadas pela falta de reconhecimento da população. Ela lembrou que muitos dados interessantes envolvem a espécie, como o falcão peregrino (Falco peregrinus), que é a ave mais rápida do mundo. Quando se joga sob as presas em vôo elas podem alcançar até 270 quilômetros por hora. No Recife, a espécie costuma ser vista pousando em prédios de Boa Viagem, na Igreja de Afogados e na Boa Vista.
(Diário de Pernambuco, 29/01)

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