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2006-01-30
Um site que rastreia o movimento das notas de dólar mostrou como preparar defesas contra a temida pandemia de gripe aviária. O estudo publicado na edição de quinta-feira (26/01) da revista científica britânica "Nature". No passado, a pandemia de gripe se espalhou de maneira relativamente lenta porque ocorreram na era do vapor e do transporte a cavalo e quando as viagens de avião e de carro eram restritas aos ricos.

No século 14, por exemplo, a praga conhecida como peste negra avançou apenas alguns quilômetros por dia, dando às comunidades tempo para evacuar a área ou se preparar, ainda que precariamente, para a sua chegada. Mas a situação hoje é muito diferente. Viagens transfronteiriças e estradas modernas podem ajudar o vírus da gripe a se expandir pelo mundo num curto espaço de tempo - talvez em alguns poucos dias, se o início da transmissão ocorrer de forma despercebida num grande ponto de encontro de transportes. Assim, o grande desafio é descobrir como, quando e para onde as pessoas estão indo.

Essas informações poderão ajudar a identificar, tratar e isolar as pessoas potencialmente expostas ao patógeno. Isso também ajudaria a reduzir o risco de pânico - a maior causa dos prejuízos econômicos numa pandemia - e economizar recursos médicos.

Caminhos aleatórios
É nesse ponto que entra George Washington. Ou, mais precisamente, a face de George Washington que aparece na nota americana. O site Onde Está George (www.wheresgeorge.com) tem um exército de seguidores nos Estados Unidos que, inicialmente apenas por diversão, anotam o número das notas de dólar que chegam às suas mãos.

Quando outra pessoa entra com o mesmo número, o deslocamento da nota pelo país pode ser rastreado. Às vezes, a nota aparece em lugares inesperados. Um trio de físicos alemães teve a idéia de criar o site Where is George como um meio para entender como as pessoas viajam. Eles descobriram que notas seguiam caminhos aleatórios em pequenas distâncias, com ocasionais grandes distanciamentos, e havia longos períodos entre cada deslocamento.

Num estudo de notas colocadas no site em Seattle, Nova York e Jacksonville, a grande maioria das notas (52% a 71%) havia se deslocado menos de 10 quilômetros uma noite depois. Apenas um pequeno número, entre 2,9% e 7,8% das notas, haviam se deslocado a uma distância maior do que 800 quilômetros. Menos de um quarto das notas que entraram em Omaha, Nebraska, viajaram mais do que 800 quilômetros nos primeiros cem dias de registro no site. Mais da metade viajou uma distância intermediária de 50 a 800 quilômetros. E 20% permaneceram num raio de 50 quilômetros de Omaha um ano depois.

Novos conceitos
Esses dados derrubaram o modelo padrão de epidemiologia, que sugere que os vírus se dispersam num movimento semelhante ao de uma onda, movendo-se em fases sobre áreas geográficas de uma forma similar à da expansão de partículas de areia fina na superfície da água. Este modelo serviu para explicar pandemias passadas, mas não as atuais ou as que estão por vir, quando as viagens são mais rápidas e os meios de transporte são muito variados, dando mais opções para as pessoas.

"A conseqüência desses resultados é que novos conceitos teóricos devem ser desenvolvidos para entender a expansão geográfica das doenças modernas", diz um dos três autores, Dirk Brockmann, do Instituto Max Planck. Hoje, surge a percepção de que o movimento humano - apesar de seu caráter aleatório - pode ser matematicamente previsível se importantes parâmetros locais puderem ser fabricados. "Estamos otimistas com a possibilidade de que essa descoberta possa aperfeiçoar as previsões sobre a expansão geográfica da epidemia", disse o outro autor, Theo Geisel.
(Folha Online, 26/01/06)

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