EPA lança programa para eliminar uso de material tóxico tipo Teflon
2006-01-30
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) solicitou à DuPont e a outras sete companhias do setor químico que parem de utilizar uma substância tóxica na fabricação de produtos de uso diário, incluindo panelas revestidas com Teflon. A substância foi relacionada com a ocorrência de câncer em alguns estudos, além de derrame cerebral e problemas cardíacos.
Ao anunciarem o programa voluntário, agentes da EPA disseram, na quarta-feira (25/1), que o pleno cumprimento da decisão, por parte das companhias e de suas afiliadas em todo o mundo, poderia levar a uma redução de 95% no uso da substância, o ácido perfluoroctanóico (PFOA), e à eliminação total desta substância até 2015.
A DuPont imediatamente requereu juntar-se ao programa, afirmando que já reduziu suas emissões de PFOA na produção em 94% e que desenvolveu novas tecnologias que poderiam permitira a redução do conteúdo de PFOA em mais de 97%, em seus produtos. As outras companhias que deverão aderir ao programa são 3M/Dyneon, Arkema, Asahi, Ciba, Clariant, Daikin e Solvay Solexis.
O PFOA tem alto desempenho na resistência de materiais plásticos ao fogo, à graxa/gordura e à pintura. Sua presença é melhor conhecida no Teflon, fabricado pela DuPont, mas também está em produtos de couro, partes de automóveis, cabos de isolamento e fornos de microondas.
As incertezas a respeito dos efeitos da exposição ao PFOA por parte de humanos também são parte do programa da EPA, de modo que as companhias que a ele aderirem terão que explorar tais questões. "A ciência é ainda iniciante, mas a preocupação está lá, de modo que agir agora para minimizar futuras liberações de PFOA é o melhor a fazer", disse Susan B. Hazen, administradora assistente do Departamento de Prevenção, Pesticidas e Substâncias Tóxicas da EPA.
(NY Times, 27/1)