O governador Germano Rigotto e a Quip, formada pelas empresas Queiroz Galvão, Ultratec e Iesa, inauguraram ontem em Rio Grande o canteiro de obras para construção e integração dos módulos da plataforma oceânica P-53. Conforme o presidente do Conselho de Administração da Quip, Ildefonso Colares, a construção de seis módulos iniciará no final de abril ou começo de maio, com a chegada do material, incluindo estruturas metálicas que estão sendo pré-fabricadas em Marau.

A contratação de mão-de-obra para fazer os módulos começará em fevereiro. Inicialmente, serão cerca de 400 trabalhadores. Segundo o diretor geral da Quip, Otoniel Silva Reis, haverá aproveitamento da mão-de-obra qualificada da região e do Pólo Petroquímico. A obra vai gerar mil empregos diretos. Hoje, envolve 190 funcionários da Quip e de empresas de Rio Grande.

Até agora foram investidos em torno de R$ 12 milhões no canteiro, composto por mais de 30 setores. A P-53 é uma plataforma tipo FPU (Unidade de Produção Flutuante), a ser instalada no Campo Marlin Leste, em Macaé (RJ). Será baseada na conversão do navio VLCC Settebello, que deve chegar a Rio Grande em dezembro. A partida para o Marlin será em setembro de 2007. A P-53 produzirá diariamente 180 mil barris de petróleo, 80 mil de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás, 10% da produção brasileira atual.

Rigotto destacou a iniciativa do governo federal de priorizar a construção de navios e plataformas no Brasil. Disse que o Estado fez sua parte ao dar incentivos fiscais e acrescentou que o Rio Grande do Sul tem condições de conquistar a construção de outras plataformas. "Teremos um pólo de excelência para construção de plataformas", reforçou.
(CP, 27/1)