Evento reuniu especialistas para discutir doenças relacionadas ao amianto
2006-01-27
Com uma palestra sobre “Dificuldades Diagnósticas sobre doenças relacionadas ao Amianto“ foi encerrado hoje (26) no Centro de Recursos Ambientais (CRA) - órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) o seminário sobre “A Experiência Brasileira com o Amianto Crisotila“, promovido pelo Instituto Brasileiro de Crisotila. Para a diretora-geral do CRA, Lúcia Cardoso, a realização do evento foi uma oportunidade “para uma discussão consistente dos múltiplos aspectos que envolvem o uso desse produto“.
A diretora do CRA disse também que o órgão sempre estará de portas abertas para a discussão dos problemas ambientais e que a promoção de debates livres é a forma que a sociedade dispõe para encontrar respostas para os seus problemas, também na área ambiental.
Quanto aos aspectos polêmicos que envolvem o uso do amianto, na mineração e na indústria, Lúcia Cardoso afirma que o passivo ambiental existente, apresentando um quadro de doenças ocupacionais, demonstra o quanto a discussão necessita ser ampliada, envolvendo todos os segmentos: órgãos públicos, pesquisadores, empresas, entidades de classe e organizações não-governamentais.
Por isso é que nos dois dias em que foi realizado, o seminário teve a participação de representantes de diversos órgãos e entidades, como a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Vigilância Sanitária, universidades e empresas. A presidente do Instituto Brasileiro de Crisotila, Marina Júlia de Aquino, afirma que a entidade enviou convites também para outras instituições, como o Ministério Público. “Além disso, foi divulgada na imprensa a abertura das inscrições e a livre participação das pessoas interessadas“ esclarece Marina Aquino.
No primeiro dia do evento a diretora-geral do CRA falou na abertura e destacou a importância das discussão: “Esse é um tema cheio de controvérsias, conflitos e dúvidas. O Seminário contribui para que aprendamos a lidar com este elemento natural da melhor forma, levando em conta o meio ambiente, o desenvolvimento do país e a saúde do trabalhador“.
As palestras abordaram questões relacionadas à experiência do amianto no Brasil. Os assuntos explorados foram a história e as características do amianto crisotila, a cadeia produtiva do mineral e suas implicações sócio-econômicas para o desenvolvimento sustentável do país. Especialistas em doenças ocupacionais e a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) também tiveram espaço para falar do controle médico, doenças e diagnósticos e pesquisas científicas, incluindo epidemiológicas e a legislação brasileira que regulamenta a operação da cadeia produtiva, desde a mineração, fabricação até a comercialização de produtos feitos com amianto crisotila.
(Informações do Sistema de Informações Ambientais da Bahia)