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2006-01-27
Não se concretizaram as previsões de devastadoras conseqüências na frágil economia dos países em desenvolvimento pelo elevado preço do petróleo, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas. “Prevê-se que os preços permaneçam altos no curto prazo, e o impacto sobre o crescimento econômico e a inflação irá variar de país para país”, diz um relatório de 160 páginas intitulado “Situação econômica mundial e perspectivas 2005”. O preço do barril de 159 litros de petróleo, que teve média de US$ 20 nos anos 90, chegou aos US$ 64 na semana passada, embora se espere que estabilize nos US$ 60 este ano.

Com os preços do petróleo 42% superiores à média de 2004, a renda com exportação de energia dos países do Oriente Médio teriam chegado a US$ 300 bilhões no ano passado. Para 2006, prevê-se que essa renda se mantenha “em níveis similares”, embora o Departamento de Energia dos Estados Unidos preveja que esse valor chegará a US$ 552 bilhões, uma quantia sem precedentes. O diretor do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Daes), Rob Vos, afirmou que muitos países em desenvolvimento se beneficiam dos altos preços do petróleo.

“São exportadores netos de petróleo ou então os preços dos produtos básicos não-petrolíferos aumentam, enquanto os de muitas de suas importações baixam. Portanto, muitos ganham”, disse Vos. O alto crescimento econômico em boa parte do mundo em desenvolvimento é atribuído, em boa parte, à alta do preço das exportações nessa área, acrescentou. Como explica também o novo informe da ONU, muitos importadores de petróleo sentem um pouco mais de pressão na medida em que os preços do óleo se mantêm elevados. A energia, por sua vez, aumenta, o que é repassado aos consumidores e aos custos de produção.

“Por isso, esperamos que em 2006 haja mais queixas pelos preços do petróleo de alguns grupos de países”, como no período de aumentos dos anos 70, explicou Vos. De todo modo, o estudo da ONU menciona riscos para o crescimento econômico para este ano. Um prolongamento do aumento do petróleo no próximo ano, e talvez no seguinte, pode representar um impacto inflacionário na maioria dos países africanos. Apesar dos altos preços do petróleo, muitas nações melhoraram seus termos de intercâmbio pelo aumento dos produtos básicos – em particular minerais e metais – e pelo barateamento das manufaturas de importação, o que reduziu a pressão inflacionária.

Porém, segundo o informe, o aumento do petróleo tem um grande impacto sobre os países importadores, muitos dos quais já tomaram medidas para proteger os consumidores, como controles de preços e subsídios. De um ponto de vista mais amplo, o estudo indica que o crescimento econômico mundial caiu em 2005 após uma forte expansão no ano anterior. Prevê-se que o crescimento continue neste ano, embora em um ritmo mais moderado de aproximadamente 3%, equivalente à medida da década passada.

Segundo o documento, os Estados Unidos continuam sendo o motor principal do crescimento econômico mundial, mas o dinamismo da China e da Índia e de outras grandes potências do mundo em desenvolvimento “se torna cada vez mais importante”. Mesmo assim, o crescimento foi lento na maioria das economias em desenvolvimento em 2005, sem que se haja uma previsão de recuperação para este ano. O crescimento dos Estados Unidos chegará a 3,1%, a Europa conseguirá magros 2,1%, e o Japão irá se recuperar, embora em um ritmo muito modesto, de 2%, segundo previsões do relatório da ONU.

Porém, o crescimento econômico da maior parte do Sul em desenvolvimento e das economias em transição (países que integraram o extinto bloco soviético) se situa muito acima da média mundial. Em média, espera-se que as economias em desenvolvimento cresçam ao ritmo de 5,6% e as economias em transição em 5,9%, “apesar de enfrentarem os maiores desafios”. A China e a Índia são, de longe, as economias mais dinâmicas, e as do resto da Ásia oriental e meridional crescerão mais de 5% no ano. Por outro lado, a América Latina está ficando para trás, com crescimento de 3,9%, enquanto o da África continuará acima dos 5%.

Mesmo se estes níveis de crescimento sem precedentes se mantiverem, o crescimento por habitante ainda não será suficientemente forte em muitos desses países para cumprir a meta de reduzir pela metade a porcentagem de pobres até 2015, fixada pela comunidade internacional. O estudo foi realizado em conjunto pelo Daes, pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e pelas cinco comissões econômicas regionais da ONU. (IPS/Envolverde, 26/01/06)

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