Na segunda-feira (23/01), pela segunda vez consecutiva, informações repassadas pelo governo Britânico confirmaram o aumento das suas emissões de gases do efeito estufa (GEE). Segundo as informações, o país está no caminho certo para atingir as metas do Protocolo de Kyoto, mas não deve atingir as suas próprias metas de redução das emissões de CO2 até o final desta década.

“A nossa meta doméstica para redução das emissões de CO2 até 2010 são mais ambiciosas (do que as de Kyoto)”, disse o Ministro de Mudanças Climáticas, Elliot Morley. “O governo está finalizando um programa atualizado de medidas para que o país possa atingir estas metas”, disse ele.

As informações liberadas na segunda-feira (23/01) resultaram do lançamento de uma consultoria pública sobre o futuro da política energética do país. A revisão, segunda realizada em três anos, foi motivada pelo aumento das emissões e por preocupações sobre a segurança do fornecimento energético, já que as reservas de gás do Mar do Norte estão no fim e velhos reatores nucleares devem ser desativados.

Ao mesmo tempo, o governo está revisando a sua política sobre mudanças climáticas em uma tentativa de alcançar as suas metas domésticas para reduzir as emissões de GEE. Uma estratégia revisada deve ser publicada no meio de fevereiro, segundo fontes industriais. As informações demonstram que a Inglaterra liberou 0.5% mais dióxido de carbono em 2004 do que em 2003. O governo culpou a queima de gás e petróleo pelo aumento. A Inglaterra pretende reduzir as suas emissões de CO2 em 20%, em comparação com o nível de 1990, até 2010.

“No momento, é mais provável que a redução chegue a 10% até 2010”, disse Alan Johnson, Secretário de Estado do Comércio e da Indústria. A meta da Inglaterra no Protocolo de Kyoto é reduzir as suas emissões de GEE em 12.50%, em comparação com o nível de 1990, entre 2008-2012.
(CarbonoBrasil, 24/01/06)