Ibama tenta ampliar áreas protegidas
reservas extrativistas
2006-01-26
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) espera ampliar o número de áreas protegidas no
Maranhão. A meta é criar ainda este ano mais 20 reservas extrativistas no Estado. A iniciativa faz
parte do plano de ação para a preservação e ampliação de áreas de proteção da gerência executiva
do órgão no Estado, visando incluí-las no Programa Nacional de Áreas Protegidas, do Ministério do
Meio Ambiente.
De acordo com o Ibama, apenas 0,3% do território maranhense é ocupado por áreas de proteção
integral - a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) recomenda que estas áreas
atinjam 10% do território.
A intenção é garantir a proteção de áreas como manguezais, buritizais, palmeiras de bacuri, que
fazem parte da cultura, da economia de pequenas comunidades rurais e, dos ecossistemas
maranhenses. São áreas que abrigam, além árvores frutíferas e plantas medicinais, servem de
berçário para a fauna marinha e espécies de animais em extinção com o peixe-boi, a tartaruga
gigante e outros. "É uma forma de proteger estas áreas", afirma a gerente executiva do Ibama no
Maranhão, Marluce Pastor Santos, ao justificar a necessidade de criação das reservas. Há três
décadas, segundo o Ibama, as atividades como o agronegócio, a extração de madeira, a
carnicicultura e o turismo contribuem para aumentar a pressão sobre os recursos naturais.
O Maranhão possui biodiversidade privilegiada e abriga quatro tipos de biomas: amazônico, cerrado,
caatinga, além do ecossistema costeiro e marinho. Atualmente, o estado possui cinco unidades de
conservação federais e 12 estaduais.
Entre as unidades federais de proteção estão: o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a
Reserva Biológica do Gurupi e o Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba. São áreas estaduais
de conservação o Parque Estadual Marinho do Parcel Manuel Luís, o Parque Estadual do Mirador e o
Parque Estadual do Bacanga.
(GM, 25/01)