Bolívia quer participar do "Gasoduto do Sul"
2006-01-25
O ministro argentino do Planejamento, Julio de Vido, apoiou a inclusão da Bolívia no projeto de
construção do gasoduto sul-americano que está sendo elaborado pela Argentina, Brasil e Venezuela.
"Era o que estávamos esperando, não podíamos impô-lo", disse brevemente De Vido, segundo
publicou na segunda-feira (23/01) a imprensa argentina baseada em informações dos seus enviados
especiais à cerimônia de posse do presidente da Bolívia, Evo Morales.
"Senhores presidentes, não nos deixem de fora da rede energética regional", pediu Morales no
domingo (22/01) em seu discurso durante a cerimônia de investidura na qual estiveram presentes os
presidentes da Argen-tina, Néstor Kirchner, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o da Venezuela,
Hugo Chávez. Chávez também havia se pronunciado em La Paz favoravelmente a inclusão da Bolívia
no projeto do "Gasoduto do Sul".
Reunidos em Brasília na semana passada, os presidentes Chávez, Kirchner e Lula marcaram para o
mês de julho próximo a conclusão dos estudos sobre o gasoduto que terá extensão de mais de sete
mil quilômetros e cujo custo pode se aproximar dos US$ 25 bilhões. O gasoduto que será concluído
entre cinco e sete anos terá capacidade para transportar 150 milhões de metros cúbicos de gás por
dia da Venezuela até o Brasil e a Argentina.
Uma comissão formada por 21 funcionários dos governos brasileiro, venezuelano e argentino já
trabalha na avaliação da construção do gasoduto.
(AFP, 24/01)