Japão apóia projetos para o meio ambiente em SC
2006-01-24
Na última semana, a comitiva do vice-governador Eduardo Pinho Moreira foi recebida pelo JBIC - Japan Bank for International Cooperation e pelo JCF - Japan Carbon Finance, em Kyoto, no Japão.
Nestas instituições, a Fapesc - Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina apresentou quatro propostas de projetos na área de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
As consultas tiveram uma avaliação bastante positiva por parte das autoridades japonesas, que se mostraram receptivas às aspirações catarinenses. Os representantes japoneses concluíram as reuniões afirmando a disposição de apoiar estes e outros projetos catarinenses na área de MDL.
Na ordem de prioridades, os representantes do JBIC e JCF acolheram os projetos:
1- Redução de Gases de Efeito Estufa na Produção de Energia Elétrica (a partir do carvão mineral);
2 -Programa Catarinense de Saneamento Ambiental (redução de gases de efeito estufa, gerados por dejetos suínos);
3 - Projetos Municipais de Destinação de Resíduos Orgânicos (lixo urbano, da saúde e industrial com tecnologia de gaseificação);
4 - Projeto de Reflorestamento para o Estado de Santa Catarina (visando o seqüestro de gás carbônico atmosférico).
O diretor do JBIC, Kazuhiro Tohei, afirmou que os Projetos de Desenvolvimento Limpo são extremamente importantes para o Japão, sendo o Brasil o país mais avançado em projetos de MDL e Santa Catarina, por sua vez, é o Estado líder nesta área.
O diretor do JCF, Hiroshi Tomita, mostrou grande interesse pelos projetos catarinenses apresentados pelo presidente e pelo diretor da FAPESC, Rogério Portanova e Zenório Piana, respectivamente.
Para o projeto de dejetos suínos, que objetiva o atendimento aos suinocultores de pequeno porte, o senhor Tomita sugeriu uma parceria entre o setor público e a iniciativa privada, o que poderá tornar-se um modelo para outros projetos brasileiros.
Os projetos - Em 2003, a Funcitec realizou um estudo sobre o carvão mineral denominado Análise Preliminar de Alternativas para Valorização do Carvão Mineral no Estado de Santa Catarina, que proporcionou subsídios ao projeto apresentado ao JCF.
Entre outras conclusões, o estudo sugeriu a busca de recursos no exterior, em bancos de desenvolvimento, com linhas de financiamento para a valorização do carvão catarinense e a promoção de estudos e pesquisas sobre gestão ambiental nas áreas de mineração.
“Santa Catarina dispõe de reservas expressivas deste mineral e precisa de tecnologia para aumentar a eficiência das termoelétricas e para reduzir o impacto ambiental”, destacou Rogério Portanova.
(Fapesc/ CarbonoBrasil, 23/01)