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2006-01-24
Um estudo piloto feito nação por nação, com respeito à performance ambiental delas, mostra que apenas seis – lideradas pela Nova Zelândia, seguida de cinco do norte da Europa – obtiveram 85% de sucesso no atingimento de um conjunto crítico de metas ambientais que vão da água limpa e baixos níveis de ozônio até pesca sustentável e baixos níveis e emissão de gases estufa.

O relatório do estudo, que foi revisto por outros especialistas, nos Estados Unidos e em diversos países, ranqueia os Estados Unidos em 28º lugar, atrás da maioria dos países da Europa Ocidental, do Japão, do Taiwan, da Malásia, da Costa Rica, do Chile, mas à frente da Rússia e da Coréia do Sul.

A metade inferior do rankings é preenchida principalmente por países da África e do sul e centro da Ásia. O Paquistão e a Índia, ambos, estão ranqueados entre os 20 mais baixos escores dos países, com taxas médias de 41,1 e 47,7, respectivamente.

O estudo piloto, chamado Índice de Desempenho Ambiental 2006, foi produzido em conjunto pelas Universidades de Yale e Columbia. Trata-se de uma nova variante de uma metodologia usada pelas duas universidades no seu índice de Sustentabilidade Ambiental, produzido em 2002 e 2005, o qual destinou maior foco de atenção ao que vários governos fizeram com respeito a questões ambientais com que lidaram, disse Daniel C. Esty, diretor do Centro de Política e Legislação Ambiental da Yale e um dos autores do relatório.

As medidas anteriores de sustentabilidade "falam a você sobre trajetórias de longo prazo e desdobram em questões como a de pontos iniciais, que variam admiravelmente," disse Esty. "Pensamos que esta ferramenta tem uma aplicação muito mais ampla no contexto das políticas." Por exemplo, a Grã-Bretanha está ranqueada em 65ª posição no índice de sustentabilidade do ano passado, mas na 5ª no último estudo, entre 133 nações avaliadas. Entre as razões para aparecer tão mal colocada no primeiro no ranking, Esty explicou que "eles cortaram quase todas as árvores que tinham 500 anos de idade ou mais " – algo que o atual governo britânico não poderia controlar. Conforme o relatório, os 16 indicadores usados no último estudo constituem “uma ferramenta poderosa para a avaliação de investimentos ambientais e melhoria dos resultados políticos”.

O relatório será lançado durante o Fórum Econômico Mundial que ocorre nesta semana em Davos, na Suíça. Esty disse que ele também foi destinado a ser uma ferramenta para ajudar o monitoramento do progresso em questões ambientais incluindo as metas do Desenvolvimento do Milênio adotadas por 189 nações na Conferência do Milênio das Nações Unidas.

"É como segurar um espellho e Ter alguém ajudando você a ver o que você não poderia ver antes”, disse. Mas o relatório reconhece "sérios lapsos de dados" que resultaram em deixar mais de 65 países fora dos rankings. Questões metodológicas espinhosas, como a questão sobre as formas de medir a degradação de terras ou a perda de áreas úmidas, também não têm soluções largamente aceitas, notou o relatório, e os autores utilizaram-se das melhores medições que eles tinha disponíveis.

Como o índice de sustentabilidade produzido no ano passado, o estudo piloto também ranqueou países dentro de seus pares de grupos geográficos, de forma que as nações em regiões áridas ou tropicais possam ser mensuradas e comparadas umas com as outras. Assim, o ranking geral da Bélgica foi de 39, com um escore de 75,9%, e pode ser vista região por região, com relação a cada assunto. Por exemplo, podem ser ranqueados todos os países da Europa com relação a recursos hídricos.

O ranking da qualidade do ar tende a ser mais favorável a nações menos industrializadas, como Uganda, Gabão, Equador e Sri Lanka. Como resultado, entre países das Américas, os Estados Unidos estavam ranqueados no antepenúltimo lugar dessa escala.

No grupo do hemisfério ocidental, os Estados Unidos estavam na base da escala em termos de medição do gerenciamento da agricultura, de florestas e de pesca, em parte porque o estudo pesou contra tais países os elevados subsídios às lavouras agrícolas. Os autores do estudo informaram que tais subsídios "na agricultura, pesca e setores energéticos mostraram não ter impacto negativo sobre o uso dos recursos e as práticas de gestão".

Na área de saúde ambiental, o estudo mensurou fatores como saneamento, exposição ao chumbo e poluição em ambientes internos, uma preocupação particular em países de desenvolvimento recente. Naqueles avaliados, os países mais ricos, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Grã-Bretanha, Irlanda e países da Europa do norte e central, tiveram um escore perto de 100%. Na mesma escala, os países mais pobres apresentaram a pior pontuação, com 32 de 37 das nações da África subsaariana, juntamente com Bangladesh, Haiti, Iêmen, Tajiquistão, Laos, Camboja e Papua Nova Guiné com escores de ou abaixo de 40%. Chade e Nigéria tiveram a mais baixa posição no mundo, no último ranking, com escores de zero e 1%, respectivamente.

"Na zona que capturamos como campo de avaliação, eles estavam ao mais baixo nível", disse Esty. "Não significa que ninguém tenha um banheiro. Significa um percentual muito baixo."

A sustentabilidade dos índices de bem-estar em termos de eficiência energética também foi considerada, assim como as emissões de gases estufa. Os países considerados no topo da escala quanto a estresse econômico são Uganda, Chade e Myanmar. Suíça, Costa Rica e Peru são exceções neste requisito.

A definição de energia renovável, no estudo, não inclui energia nuclear – em parte, segundo Esty, porque países com alta proporção de energia nuclear, como Japão, República Checa e França, têm obtido benefícios de suas escolhas energéticas às custas de piora da qualidade do ar, com aumento da quantidade de material particulado no ar.

Criar uma outra escala desproporcionalmente favorável aos usuários de energia nuclear poderia prejudicar a confiabilidade total do estudo, disse Esty. Como resultado, os rankings de energia renovável apontaram em direção a países dependentes de energia hidrelétrica, como o pequeno Butão.

O estudo mostrou que as emissões anuais de dióxido de carbono, medidas em toneladas métricas por US$ 1 milhão de Produto Interno Bruto (PIB), apresentaram uma média de aproximadamente 363 toneladas. Coréia do Norte, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbesquistão e Mongólia aparecem na base da escala, com as quantidades variando de 1.992 toneladas para a Mongólia, a 4.859 toneladas para a Coréia do Norte.

As emissões de dióxido de carbono de nações com economia em rápida expansão, como China e Índia,mais do que duplicaram em relação à média mundial (731 toneladas e 621 toneladas, respectivamente). Os Estados Unidos, com 171 toneladas por US$ 1 milhão de PIB, apresentaram um desempenho abaixo de outras nações como o G 8, as maiores potências do mundo desenvolvido - França (56), Japão (57), Alemanha (80) e Grã-Bretanha (118) -, mas próximo do Canadá (168), à frente da Austrália (209) e bem distante da Rússia (914).
(Fonte: The New York Times, 22/1)

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