Novos planos econômicos chineses perseguem desenvolvimento sustentável
2006-01-19
Os planos econômicos qüinqüenais (2006-2010) das províncias e municípios chineses, que entram em vigor este mês, mostram um giro em direção a um crescimento mais atento ao desenvolvimento sustentável, informou quarta-feira (18/01) a agência estatal Xinhua. Xangai, a maior cidade do país e a ponta de lança de seu desenvolvimento, eliminou de seus programas econômicos sete índices de medição de desenvolvimento e introduziu outros sete novos.
Desaparecem assim de seus planos alguns indicadores como o valor agregado industrial, o valor agregado do setor terciário, o volume de vendas no varejo, o investimento em ativos fixos, o volume de exportação, o valor de uso do investimento estrangeiro e a expectativa média de vida da população. Em seu lugar aparecem outros sete, seguindo uma estratégia aprovada pelo Comitê Central do Partido Comunista da China em outubro de 2005, que concentra os esforços na inovação e na qualidade do desenvolvimento, na coordenação de todos os setores econômicos e no crescimento sustentável.
"As mudanças nos planos dos Governos locais mostram que estão implementando a estratégia de desenvolvimento do Governo central", assinalou o economista Pu Xingzu, da universidade Fudan, de Xangai.
Entre os novos índices de Xangai está o grau de contribuição dos avanços científicos e tecnológicos à economia, uma novidade também colocada em prática pela província vizinha de Jiangsu (leste).
Além disso, há outros índices, como a eficiência de consumo energético e a percentagem de profissionais altamente qualificados entre os trabalhadores em tecnologia, que se somam à despesa em pesquisa e desenvolvimento, que será de 2,5% do produto interno bruto. Também aparece o índice de desenvolvimento do setor terciário, que reorientará a cidade de uma economia de produção a uma de serviços.
Em Pequim, para combater o fosso entre ricos e pobres, segundo a agência governista, o Governo espera levar às áreas suburbanas 51% dos investimentos da cidade, sobretudo na zona sul, menos desenvolvida, enquanto Xangai espera urbanizar 62% de seus subúrbios até 2010.
Neste ano, quando realizará uma Exposição Universal, a cidade terá um centro urbano, nove distritos satélites, 60 povoados e 600 aldeias.(EFE, 18/01/06)