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2006-01-19
Até o final deste ano, a partir de investimentos públicos na ordem de R$ 10 milhões, o Amazonas terá um distrito industrial direcionado ao setor da bioindústria, que além de gerar mais de mil empregos diretos, irá fortalecer a cadeia produtiva dos produtos de bases florestais da região.

Segundo um dos colaboradores desse projeto, professor universitário mestre em tecnologia farmacêutica, Schubert Pinto, o pólo da bioindústria será formado por um conjunto de 40 empresas, cada uma com 500m2. “As indústrias terão espaço suficiente para produzir, pois elas também terão um terreno de 1.200m2, onde poderão até ampliar a produção”, disse.

O professor, que também é representante das empresas do Cide (Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial) e proprietário da Pharmakos da Amazônia, Schubert Pinto, destacou ainda, que no distrito será feita a primeira fábrica de embalagens de produtos naturais do Estado do Amazonas.

“Hoje, temos um gasto exorbitante de fretes e impostos com as embalagens que compramos no Centro-Sul do país. Quando for construída a fábrica de embalagem daqui, iremos diminuir bastante esse tipo de gasto, equivalente a 70% do preço de custo dos nossos produtos”, explicou Pinto.

Reduzir custos - O professor disse que a concretização de um projeto desse nível irá permitir à bioindústria do Amazonas atingir um importante potencial de competitividade no mercado nacional e no exterior. “Lá, haverá um conjunto de empresas do mesmo setor que poderão reduzir custos, a partir do rateio de despesas, o que nos possibilitará fazer a oferta de preços competitivos”, disse o professor Schubert Pinto.

De acordo com o especialista, um dos objetivos será abrigar as empresas do Cide. “Oito vagas já estão reservadas para essas incubadas, que não poderão continuar no centro. Quando forem inclusas no distrito, elas terão todo o suporte para continuar crescendo no mercado”, disse o mestre em tecnologia farmacêutica.

Projeto visa gerar emprego no AM
O pólo de bioindústria será composto por empresas de fitoterápicos, de derivados de cupuaçu, entre outras que trabalham com produtos da biodiversidade amazônica, como andiroba e copaíba.

Segundo o diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, da Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Econômico) Vicente Schettini, que está gerenciando o projeto, os distritos de micro e pequenas empresas estão sendo construídos como forma de beneficiar a geração de emprego e renda no Estado. “O governador tem como meta construir pelo menos dois distritos nessa gestão e incentivar indiretamente a construção de outros distritos industriais na cidade”, informou.

Vantagens diversas - Até o momento, existem 12 indústrias de fitoterápicos candidatas a se instalarem no pólo da bioindústria. Segundo Schettini, as empresas participantes poderão obter diversos tipos de vantagens, como a difusão tecnológica e o compartilhamento de interesses comerciais. “As indústrias atuando em um mesmo espaço poderão obter vantagens especiais, como o rateio nos custos de energia e dos serviços de contabilidade”, explicou o representante do governo.

Vicente Schettini também destacou os programas profissionais, como os cursos de técnicas de administração, que serão oferecidos para os empresários.

O projeto de construção do pólo da bioindústria está sendo desenvolvido pelo governo estadual, em parceria com a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Segundo a Seplan, as obras serão iniciadas até o mês de junho.
(Jornal do Commércio – AM, 18/01)

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