China e EUA ajudarão a aumentar demanda de petróleo em 2,2%
2006-01-18
A demanda mundial de petróleo aumentará 2,2% este ano, devido, sobretudo, ao aumento do consumo na China e nos Estados Unidos, segundo a Agência Internacional da Energia (AIE), que revisou para cima suas previsões da produção necessária da Organização dos Estados Produtores de Petróleo (Opep). Em seu relatório mensal publicado hoje, a AIE estimou que o consumo médio deste ano será de 85,1 milhões de barris diários, com um pico no quarto trimestre de 86,9 milhões, que vai requerer uma contribuição dos membros da Opep superior à calculada em dezembro.
Os autores do documento estimam que a Opep deveria pôr no mercado uma média de 28,6 milhões de barris de petróleo este ano, o que corresponde a 200 mil barris diários a mais que em 2005. A agência revisou em 90 mil barris diários para baixo a demanda total em 2005, que ficou em 83,3 milhões de barris, o que representa um aumento de 1,3% em relação a 2004.
Essa correção se explica pelos efeitos da passagem dos furacões no Golfo do México, o que fica ilustrado com o fato de que no quarto trimestre a progressão em relação ao mesmo período de 2004 foi de 0,6%.
No primeiro trimestre de 2006, a AIE prevê um crescimento da demanda de 1,6%, que será acelerado continuamente: +1,9% no segundo, +2,3% no terceiro e +3% no quarto. De acordo com os autores do relatório, em dezembro, a Opep diminuiu em 280 mil barris diários o volume de petróleo comercializado em relação a novembro, com uma média total de 29,3 milhões de barris diários.
Isso se deveu, em particular, à queda da contribuição do Iraque, que passou de 1,7 milhão a 1,55 milhão de barris, por causa das sabotagens nos oleodutos. A AIE estima que a margem de excedentes de capacidade de produção da Opep continua sendo reduzida, embora calcule que este ano aumentará a capacidade em 1 milhão de barris diários, enquanto a demanda subirá 200 mil barris.
As reservas industriais de petróleo nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) diminuíram em 11 milhões de barris em novembro, quando eram de 2,678 bilhões de barris, 47 milhões a menos que no mesmo período do ano passado.(EFE, 17/01/06)