Os diretores da empresa Stora Enso confirmaram a instalação de uma planta de celulose no rio Negro, no Uruguai, que demandará um investimento de US$ 1,25 bilhão. Será a terceira indústria papeleira com projetos recentres naquele país. Em março, a companhia definirá a localização da planta - em Durazno ou em Tacuarembó - e já manifestou disposição para dialogar com quem se posicione contra ao emprendimento.

O intendente de Durazno, Carmelo Vidalín, informou que a visita à aérea, na terça-feira (10/01), com representantes da empresa sueca-finlandesa (Stora Enso) foi exitosa. Transportados por um helicóptero, a autoridade municipal acompanhou seis empresários para observar os locais mais apropriados para o reflorestamento. Segundo Vidalín, os investidores ficaram entusiasmados e voltarão ao local no fim de fevereiro. Em março eles deverão definir em que área a planta será instalada. O projeto indica que o emprendimento será cercado numa circunferência de 60 quilômetros. Segundo Vidalín, os diretores estrangeiros não se preocupam com possíveis reclamações ambientais provenientes da Argentina, sob o argumento de que a planta estará localizada num rio do Uruguai. Segundo eles, serão dadas todas as garantias ambientais.

O presidente de Stora Enso para América Latina, Nils Gramstron, disse que está disposto a dialogar com quem esteja na contramão da instalação da papeleira, para oferecer o máximo de informação possível. A empresa montará os escritórios em Montevidéo e em cidades do interior do país.

Segundo a companhia, as obras para a construção da planta devem gerar 10 mil postos de trabalho. Uma vez concluída, dará emprego direto para cerca de 500 pessoas, além dos 3 mil trabalhos indiretos, segundo informações do diário La República. (Diario La Calle, 12/01/06)