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2006-01-17
Apenas 29% do esgoto produzido em Cuiabá é tratado. O restante é jogado in natura em fossas sépticas ou vai parar no Rio Cuiabá, que recebe 3 mil litros por segundo de dejetos produzidos na Capital. A quantidade de esgoto é tão grande que o índice de coliformes fecais na água é assustador. Na região central da cidade - na época da seca - numa mostra de 100 ml foram encontrados 60 mil bactérias, enquanto o aceitável são mil bactérias na mesma quantia de água.

Um estudo feito pelo Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ano passado, revela que vem diminuindo a quantidade de oxigênio nas águas do Rio Cuiabá. Há 23 anos um estudo feito pela mesma instituição mostrou que o oxigênio diluído era de 7,8 milímetros por litro. A mesma medição feita em 2005 revelou que este índice caiu para 6,2. "Hoje esse dado não é preocupante, mas indica que, se o rio continuar recebendo essa quantidade de esgoto, ele tende a morrer nas próximas décadas. Está na hora de tomar uma providência urgente", assegura o professor Rubem Mauro Palma de Moura, chefe do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Ele afirma que é possível tratar 50% do esgoto de Cuiabá sem construir nenhum metro de rede coletora, apenas com a estrutura que já existe na Capital.

Para isso, ele sugere que sejam utilizadas as estações elevatórias dos córregos Prainha, Mané Pinto, Gambá e Barbado, que juntos recebem 50% do esgoto produzido na Capital. "Hoje esses córregos urbanos se transformaram em emissários de esgoto. A Sanecap trata apenas o esgoto coletado pela rede separadora absoluta, sendo que a maioria dos dejetos são despejados nas galerias, que são ligadas aos córregos".

O professor defende que seria necessário apenas ampliar a capacidade das estações elevatórias para que elas consigam receber o esgoto misto (água com dejetos) e depois encaminhar para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), instalada no bairro Dom Aquino, que precisaria ser ampliada para atender a demanda. Com um investimento de R$ 80 milhões o professor acredita que seria possível fazer as mudanças necessárias e assim tratar 50% do esgoto da cidade.

Essa alternativa, porém, vai contra a proposta da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), que quer instalar rede coletora para despoluir os córregos e tratar o esgoto. "Se pensarmos assim daqui a 50 anos teremos os córregos despoluídos, mas até lá o Rio Cuiabá já estará morto", diz Moura, completando que a proposta de tratar o esgoto jogado nos córregos seria uma saída emergencial, até que a rede de esgoto fosse ampliada e a população conscientizada da importância de fazer as ligações na rede e não nas galerias de águas pluviais ou nos córregos, como acontece hoje. "Implantar a rede é fácil, difícil é fazer as pessoas usarem. É um trabalho formiguinha, até dar resultados".
(Gazeta de Cuiabá, 16/01)

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