Estado tem Mapa Hidrogeológico
2006-01-17
Representantes dos governos federal e estadual apresentaram ontem (16/1), no Palácio Piratini, o Mapa Hidrogeológico do Rio Grande do Sul. O estudo foi desenvolvido durante dois anos, envolvendo 18 técnicos, e apresenta a situação dos recursos hídricos subterrâneos.
O trabalho é resultado de convênio entre o governo do Estado e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM) - Serviço Geológico do Brasil, num investimento de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 700 mil do Executivo estadual. O objetivo é que o mapa ajude na elaboração de políticas públicas adequadas ao aproveitamento sustentável dos mananciais, além de auxiliar nas providências a serem tomadas para evitar estiagens e contaminação de mananciais.
Também servirá como uma ferramenta na gestão dos recursos hídricos subterrâneos, permitindo avaliar a potencialidade dos aqüíferos, suas condições de recarga, aspectos de qualidade das águas subterrâneas, além de graus de vulnerabilidade à contaminação e problemas de exploração excessiva e esgotamento.
"Ele será um importante instrumento para determinar se uma região específica deverá receber um açude ou um poço artesiano", esclareceu o secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta. Informou ainda que foram identificados 7.692 poços artesianos no RS.
Sparta exemplificou que a Bacia do Gravataí atinge cerca de 1 milhão de pessoas, além de servir para a produção de arroz. "Por meio de um trabalho de cadastramento junto aos produtores, conseguimos reduzir o consumo de água", disse.
O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, José Ribeiro Mendes, informou que o mapa traz a base de dados para o estabelecimento das águas subterrâneas. "O Estado tem um conjunto de informações para consultar cada região, podendo-se evitar desabastecimento", explicou. (CP, 17/11)