Chineses investigam existência do mofo azul
2006-01-16
Os primeiros testes para identificar a presença do fungo causador do mofo azul no fumo serão realizados nesta segunda-feira (16/1) pelos seis representantes da Divisão de Quarentena do governo chinês. O grupo vai utilizar um dos laboratórios da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para as análises que devem ser apresentadas na terça-feira.
Por enquanto, os técnicos não se manifestaram quanto às impressões que tiveram em relação ao produto coletado. “Eles são muito discretos e não revelam o que observam”, destacou André Felipe Peralta, da Divisão de Prevenção e Controle de Pragas do Ministério da Agricultura. Durante as visitas, eles recolhem amostras de folhas secas e verdes que ficam acondicionadas em sacos lacrados por questões de segurança.
Na sexta-feira (13/1), os estrangeiros se dividiram em dois grupos, como fazem diariamente. Um deles partiu em direção a Arvorezinha. O outro seguiu pelo interior de Passo do Sobrado e Venâncio Aires, onde visitou lavouras de fumo. Em Rincão do Sobrado, eles percorreram quatro propriedades escolhidas aleatoriamente. Numa delas eles verificaram as manocas que estavam armazenadas nos galpões.
Durante cerca de meia hora, três deles — dois homens e uma mulher— reviraram as folhas, verificaram a textura e o aroma. Sem dizer sequer uma palavra, separaram amostras e seguiram viagem. Na quinta-feira também haviam sido feitas vistorias nas plantações da região Sul do Estado. Antes disso foram visitadas fumageiras e universidades. Durante o final de semana o grupo vai visitar regiões turísticas, dentre elas Gramado e Canela. De acordo com a programação, os chineses seguem para o Rio de Janeiro na semana que vem. (Gazeta do Sul, 14 e 15/1)