Rio Grande do Sul apresenta panorama das águas subterrâneas com mapa hidrogeológico
2006-01-16
O Rio Grande do Sul já pode conhecer a situação de suas águas subterrâneas.
Está pronto o mapa hidrogeológico do Estado. É o mais completo estudo
realizado até hoje no território gaúcho e vai possibilitar orientação técnica
a órgãos públicos e à sociedade quanto à utilização dos mananciais hídricos
subterrâneos.
O mapa hidrogeológico será lançado pelo governador do Estado hoje (16/01), às
15h, em solenidade no Palácio Piratini. Estarão presentes o secretário
estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta; o diretor-presidente da Agência
Nacional de Águas (ANA), José Machado; e o diretor-presidente da Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Agamenon Sérgio Lucas Dantas.
O documento foi elaborado pelo Departamento de Recursos Hídricos (DRH) da
secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema) e pela Companhia de Pesquisas e
Recursos Minerais (CPRM), envolvendo R$ 1,5 milhão, custeados pelos dois
órgãos.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta, afirma que o mapa é
fundamental para planejar a exploração das águas subterrâneas, facilitar o
controle dessa atividade e traçar diretrizes para a outorga da água. “O
mapeamento aponta extensão, profundidade, vazões médias e qualidade desses
mananciais”, complementa Sparta.
O diretor do DRH da Sema, Rogério Dewes explica que o mapa identifica a
qualidade e a quantidade da água por regiões do Estado. Dewes destaca, ainda,
que foram cadastrados 7.692 poços tubulares na região de afloramento do
Aqüífero Guarani (do centro à fronteira oeste do RS) e na planície costeira.
Porém, Dewes acredita que, efetivamente, exista um número maior de poços do
que o apurado pelo trabalho de campo e alerta para as perfurações
clandestinas que acabam comprometendo a qualidade da água subterrânea. Além
disso, foram encontradas perfurações abandonadas, sem tamponamento, inclusive
próximas a depósitos clandestinos de lixo. “Essa é, com certeza, uma fonte
poluidora das águas subterrâneas”, lamenta Dewes.
O trabalho foi realizado durante dois anos e envolveu 18 profissionais. O
mapa se apresenta em uma escala de 1:750.000 e estará disponível em cópias
impressas e em CD para órgãos públicos e privados, universidades e
prefeituras interessadas. Também poderá ser acessado nos sites da secretaria
do Meio Ambiente (www.sema.rs.gov.br) da CPRM (www.cprm.gov.br). (Sema, 13/01)