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2006-01-16
O Departamento de Interior dos Estados Unidos decidiu abrir 389 mil acres de lagos, tundras e áreas costeiras para a exploração de petróleo no Alasca, revertendo um compromisso de oito anos que visava à proteção do habitat de centenas de milhares de aves migratórias e da caça a comunidades de nativos Inupiat que vivem perto do Mar de Beaufort.

Henri Bisson, diretor estadual do Departamento Federal de Gestão de Terras no Alasca, disse na quinta-feira (12/1) que o novo plano aumentaria em cerca de 2 bilhões de barris o petróleo que poderia ser recuperado das seções do norte da Reserva nacional de Petróleo, ao mesmo tempo em que possibilitaria a proteção de pássaros no verão, quando eles trocam de plumagem.

Críticos, incluindo nativos do Alasca e grupos como a Sociedade Audubon e a Sociedade da Natureza, disseram que a proteção aludida pelo governo não preveniria a fragmentação dos habitats de pássaros ou distúrbios a eles, quando os dutos estivessem sendo instalados. Vai haver tráfego de aviões e helicópteros, dizem os críticos, e a atividade industrial será fixa numa área onde existe uma coleção de lagos e tundra úmida, que hoje é praticamente vazia, localizada 150 milhas a oeste do Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Ártico.

A luta sobre o destino da área que serve de pouso para aves migratórias da Califórnia, do Japão, do México e da Rússia tem sido controversa, depois que uma tramitação do pedido de abertura feito pelo governo, no mês passado, foi obstruído por ação de deputados democratas no Congresso. A disputa envolve interesses de proteção do alce (veado), de aves selvagens e do direito dos nativos do Alasca. Mas é consenso geral que a área do Lago Teshekpuk tem um papel particularmente importante na migração anual de dezenas de milhares de pássaros como gansos e cisnes de tundra, possibilitando-lhes relativa segurança de predadores e ampla alimentação para as semanas sem vôo no verão.

"Não estamos persuadidos de que as medidas do governo vão fornecer a proteção necessária," disse Stan Senner, diretor da Sociedade Audubon do Alasca. "Penso que nossa resposta, nossa visão é a dos biólogos marinhos que conhecem a área e já disseram que é necessária uma área chave para proteger a época em que os gansos e outras aves trocam de penas, mas esta proteção deve ser feita sem fragmentação”, acrescentou.

Dos 389 mil acres, 242 mil podem não ter estruturas de superfície para suportar os dutos, afirmou Senner. Segundo ele, o monitoramento humano no local vai requerer intervenção em áreas sensíveis aos pássaros.

A decisão final, que o Departamento do Interior vai liberar na quarta-feira (18/1), prevê a abertura de sete extensões de terra, de 45 mil a 60 mil acres cada uma, que estavam previamente fora dos limites de desenvolvimento energético.

"Acreditamos que avançamos na melhor abordagem ambientalmente sensível que poderíamos adotar em termos de conduzir uma oportunidade de desenvolvimento para o petróleo e o gás", disse Bisson, em entrevista. "Não consigo pensar em nada mais que poderíamos fazer, além do que já temos feito, para tornar esta área ambientalmente protegida”, acrescentou.

Segundo Bisson, nas áreas do norte do Lago Teshekpuk, o departamento federal não permitiria exceções às restrições, exceto para aeronaves que tivessem que desviar de seus padrões de vôo para segurança de passageiros.

Dora Nukapigak, uma das 450 residentes de Nuiqsut, uma vila de nativos Inupiat perto da área afetada, informou que estava certa de que um revés político poderia ter impacto significativo. “Onde há indústria, haverá tráfego, trabalho e construções”, disse ela.

Conforme Nukapigak, os 200 caçadores da aldeia caçam baleias e alces e ainda pescam, e estão preocupados com a possibilidade de serem construídas estradas no local, as quais possam afetar o equilíbrio do ecossistema e as condições de vida desses animais.

Bisson, por sua vez, estima que são comercialmente recuperáveis 3,2 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Conforme ele, as estimativas indicam que se pode cumprir o compromisso atingido por Bruce Babbitt, secretário do Interior da administração Clinton, que abriu 13% das reservas à produção energética, deixando três quartos da área de petróleo recuperável da reserva fora dos limites de exploração.

Bisson disse que não haveria mais do que 300 acres com melhorias como estradas, blocos de perfuração e faixas aéreas em cada extensão de terra arrendada. Mas Senner acredita que isto seria suficiente para deixar a área vulnerável a intrusos. (Fonte: The New York Times, 15/1)

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