Em Santa Catarina, R$ 6 milhões contra seca
2006-01-13
Com prejuízos provocados pela seca na agricultura estimados em mais de R$ 240 milhões em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique da Silveira reuniu-se no início da noite de ontem em Chapecó (630 km de Florianópolis) com prefeitos das cidades atingidas pela estiagem, anunciando que poderão ter mais de R$ 6 milhões em obras para combate à seca. Ele também informou que o governo do Estado vai ajudar na compra de reservatórios de água de 4 mil litros para todas as cidades que necessitarem. Além disso, todos os financiamentos agrícolas feitos por intermédio do Fundo Rural terão juros zero, a serem cobertos pelo Fundo Social.
De 14 de dezembro até ontem, 41 municípios catarinenses decretaram estado de emergência, todos nas Regiões Oeste e Meio-Oeste, exceto Petrolândia, que fica no Alto Vale do Itajaí.
As maiores perdas se concentram no milho, estimadas em 688,4 mil toneladas das 4,04 milhões de toneladas que deveriam ser colhidas este ano. Nos últimos três anos o governo de Santa Catarina investiu R$ 20 milhões em obras contra a seca, como sistemas de água comunitários e perfuração de poços artesianos, que beneficiaram mais de 36 mil agricultores, além do bônus-estiagem para 21 mil agricultores ao custo de R$ 3,2 milhões.
Segundo o serviço de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina (Epagri), a presença de uma massa de ar quente em Santa Catarina favorece a elevação das temperaturas. O calor deve continuar nos próximos dias. (O Estado de S. Paulo, 12/01)
Estiagem agrava perdas na Região Sul do Brasil
A estiagem continua elevando as perdas no Sul. Ontem, o Deral anunciou que o Paraná já registra queda de 13% na safra de milho. Foram perdidas 1,2 milhão de toneladas do grão, o que deve trazer um prejuízo de R$ 237 milhões. Na região sudoeste do estado, as perdas passam de 50%. Em Santa Catarina, a estimativa é de que a redução na lavoura baixe a lucratividade em R$ 240 milhões. Ontem, o governador de SC, Luiz Henrique da Silveira, debateu a crise com prefeitos.
(CP, 11/1)