Feema diz que algas da Barra não são tóxicas
2006-01-12
A Feema divulgou ontem (10) um laudo no qual afirma que as algas que desde anteontem mancham de verde um trecho do mar da Barra da Tijuca não são tóxicas. De acordo com a presidente do órgão, Isaura Fraga, amostras foram coletadas na segunda-feira em locais distintos e, após os testes, ficou comprovado que as algas não oferecem perigo ao ser humano.
— Foram coletadas amostras na Lagoa da Tijuca, na Lagoa da Tijuca próximo à Praia da Barra e na Praia da Barra onde a lagoa se mistura com o mar na altura do Quebra-Mar— disse ela.
Nos dois primeiros locais, explicou ela, há a predominância de uma alga do gênero Planktothrix . Já na Praia da Barra foi encontrada uma outra comunidade de algas típicas de ambiente marinho, dos gêneros Chaetoceros e Urosolenia , normalmente encontradas nas lagoas de Jacarepaguá e Camorim. Nenhuma delas libera toxinas. Contudo, o trecho que fica em frente ao Quebra-Mar continuará interditado para o banho por conta do despejo de esgoto e lixo naquela área.
Além das algas, o carioca já vem convivendo neste verão com as gigogas, plantas aquáticas que se reproduzem no esgoto e tomaram conta de várias praias da cidade, e que ontem ainda podiam ser vistas. Ontem, o prefeito Cesar Maia falou sobre o combate às gigogas e a necessidade de um trabalho urgente de recuperação das lagoas. Segundo ele, o município tem um empréstimo aprovado pelo Japan Bank for International Cooperation, para a recuperação das lagoas da Baixada de Jacarepaguá, mas a liberação depende do aval da União. (O Globo, 11/01)