Agrava-se situação dos colonos da Caneleira
2006-01-11
A falta de água na região da Caneleira, a 12 quilômetros do Centro de Livramento, onde vivem 36 famílias de agricultores assentados pelo Banco da Terra, está agravando as condições de vida dos moradores.
Em 2003, a Secretaria Estadual de Obras abriu um poço com 184 metros de profundidade, com capacidade de oferecer vazão de 20 mil litros/hora, mas os moradores alegam que não dispõem de recursos suficientes para ativá-lo e instalar a rede de distribuição nos lotes. O poço, após o teste, foi lacrado pela empresa que o perfurou.
Conforme o presidente da Associação de Pequenos Produtores do Ibirapuitã (APPI), José Fagúndez, a bomba de captação, as varas de cano e uma caixa d água representam custo estimado em R$ 30 mil, sem contar a rede distribuidora.
"Se não houver ajuda por parte do município ou do Estado, dificilmente teremos como encontrar outra solução. Ultimamente, a maior atenção nos é dada pelos bombeiros, que têm nos abastecido", destaca.
Ele observa que, desde agosto, a água potável consumida na região está sendo levada da cidade, pois as cacimbas e a maior parte dos açudes, devido ao calor excessivo e à ausência de chuvas regulares, acabaram secando. (CP, 11/1)