Calor faz RS bater recorde de consumo de energia
2006-01-11
Campo Bom foi a cidade mais quente do Rio Grande do Sul, às 17h de ontem, quando os termômetros do 8º Distrito de Meteorologia marcaram 41,1º C. Foi às 14h04min que o Centro de Operação do Sistema da CEEE, porém, registrou um novo recorde de consumo de energia elétrica no Estado: 4.458 megawatts (MW), com a temperatura em 38,3º C na Capital. Até então, o último recorde havia sido de 4.367MW, às 19h03min do dia 7 de abril de 2005.
Houve cortes de energia elétrica e de água em alguns municípios. Também começou a baixar o nível dos rios. O Gravataí estava 1,2 metro abaixo da média normal e com muita poluição.
O calor escaldante fez explodir um transformador da empresa RGE em Gravataí e às 14h27min provocou o desligamento de uma subestação da CEEE em Canoas, cortando a transmissão de duas linhas da AES Sul. Durante seis minutos, 141 mil clientes da distribuidora ficaram sem energia elétrica.
À procura de sombra nas ruas, com chapéus, bonés e sombrinhas, a população também sofreu longas interrupções no fornecimento de água potável em pontos isolados de Porto Alegre e em Eldorado do Sul, Alvorada, Viamão e Gravataí. Na Capital, os bairros Partenon, Bom Jesus e Três Figueiras sofreram cortes. Segundo o Dmae, houve problemas na estação de bombeamento da rua São Manoel.
O Guaíba está com seu nível bastante baixo e, em alguns pontos, especialmente nas proximidades do Parque da Harmonia, na Capital, e da Ilha da Pintada, já se podem visualizar os primeiros bancos de areia. Nas demais cidades da região Metropolitana, o motivo dos cortes foi o grande consumo, de acordo com a Corsan.
A informação é que não há racionamento de água, mas em Dom Pedrito e Rosário do Sul a situação é crítica devido ao baixo nível do rio Santa Maria. A mesma preocupação da Corsan se estende às cidades atendidas pelo Rio dos Sinos. Dos 1,5 milhão de moradores de Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha abastecidos pelo rio Gravataí, 75 mil começam a enfrentar falta de água por residirem em áreas altas. (CP, 11/1)