O Comitê Gestor dos Arranjos Produtivos de Bioenergia do Estado do Rio Grande do Sul (AP/Bionergia RS), criado por decreto pelo governador Germano Rigotto, pretende incentivar o surgimento de fontes produtivas de energia, principalmente as relacionadas com a agricultura. O programa conta com suporte administrativo da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai).

Além do Comitê Executivo, presidido pelo governador, existem cinco grupos de trabalhos técnicos para as áreas de meio ambiente, mercado, oportunidades e captação de empreendimentos, financiamento, políticas públicas e desenvolvimento tecnológico.

A finalidade do Comitê Gestor é inserir o Rio Grande do Sul na matriz energética nacional - que preconiza a adição de 2% de óleo vegetal ao diesel combustível - e funcionar como articulador de políticas de incentivo a fontes de biomassa que possam gerar energia.

O APL de Bioenergia vai contemplar todo o arranjo produtivo e incentivar o cultivo de cana-de-açúcar e oleaginosas, como canola, colza, girassol, amendoim, soja, linhaça e mamona. A partir de 2008, o diesel comercializado no País terá, obrigatoriamente, 2% de biodiesel, percentual que subirá para 5% cinco anos depois.

Para que ocorra a adição de 2% do biodiesel ao óleo diesel, será necessária, anualmente, a oferta de mais 900 mil toneladas de óleo vegetal, até o ano de 2008, e de 2,7 milhões de toneladas, anualmente, até 2013. (JC, 09/01)