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2006-01-10
Ao completar dez anos de existência, o Funbio - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – selecionou os três projetos que serão financiadas pelo Programa Integrado de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (Picus). Foram aprovadas três iniciativas, entre as sete escolhidas na etapa anterior. Somadas, elas receberão a quantia de US$ 5 milhões para investimento em ações de conservação e uso sustentável da biodiversidade, num prazo de 12 anos.

Os projetos selecionados foram: Plano Estratégico para a Conservação e Uso Sustentável da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), coordenado pela The Nature Conservancy – TNC -; Plano Estratégico para a Conservação e o Uso Sustentável da Biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste, apresentado inicialmente pela Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE - e que passa para a coordenação da recém-criada Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste – Amane -; e Conservação e sustentabilidade no continuum ecológico de Paranapiacaba – SP, cuja instituição proponente é a Fundação Florestal do Estado de São Paulo. Essas organizações são representantes do consórcio de instituições que cada uma das propostas agrega.

O programa para a Floresta Ombrófila Mista, apresentado pela TNC, será desenvolvido em áreas remanescentes do ecossistema Mata de Araucárias, na região Sul do país, em 36 municípios dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Já a proposta para a Mata Atlântica do Nordeste, resultado do Pacto Murici, coordenada pela Amane, será desenvolvida no núcleo central da Mata Atlântica do Nordeste, abrangendo 68 municípios entre Alagoas e Pernambuco, numa área total de 1.673.560 ha. O projeto apresentado pela Fundação Florestal de São Paulo vai ser realizado entre a Serra de Paranapiacaba, nome regional dado à Serra do Mar no momento em que se afasta do oceano, e o Vale do Ribeira, num total de aproximadamente 250.000 ha. Abrange 10 municípios da região.

A escolha dos projetos já obedeceu a novos critérios estabelecidos pelo Funbio, que passou a dar preferência a estratégias que envolvam vários parceiros, na tentativa de, com isso, aumentar a efetividade dos recursos aplicados. “Ao fazer o balanço do nosso trabalho de 1995 para cá, descobrimos que a eficácia de projetos menores e isolados é pequena”, diz o gerente do Funbio, Pedro Leitão, citando, como exemplo, a baía da ilha Grande, no litoral Sul do Rio de Janeiro, onde coexistem inúmeros projetos de recuperação ou conservação, com resultado geral insuficiente.

Lançado em abril de 2004, o Programa Integrado de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade – Picus - recebeu na sua fase inicial 25 cartas-propostas, das quais sete foram selecionadas pelo Conselho Deliberativo, em setembro de 2004. A partir daí, eles desenvolveram diagnósticos sócio-ambientais locais e planos de trabalhos para os primeiros quatro anos de cada projeto, os quais, após análise, foram levados ao Conselho Deliberativo para a aprovação final das três propostas.

História - O Funbio foi criado em 1995 com uma dotação única de US$ 20 bilhões do GEF (Fundo para o Meio Ambiente Global), que, somados às contrapartidas de parceiros e acrescidos de seus rendimentos no mercado financeiro, viraram US$ 28 bilhões, tendo financiado cinco programas num total de 62 projetos. Um destes programas é o de Melhores Práticas para o Ecoturismo que, ao custo de R$ 4 milhões, gerou o primeiro manual de capacitação e uma cooperativa de prestação de serviços independente, que agora já anda com as próprias pernas.

Outro programa, este mais recente, é o de Áreas Protegidas da Amazônia – Arpa -, iniciativa do Governo Federal em parceria com Estados e Municípios da Amazônia, o GEF, o Banco Mundial, o Banco de Desenvolvimento Alemão KfW, o WWF-Brasil e o Funbio. A gerência dos projetos de criação de novas unidades de conservação e consolidação das já existentes cabe ao Funbio, que, para isso, contratou técnicos especializados.

Os objetivos do programa são triplicar a superfície protegida na Amazônia até 2012, criando novas unidades de conservação, envolvendo comunidades locais e monitorando a biodiversidade nas respectivas áreas de atuação.

Algumas informações sobre biodiversidade:
... Ninguém sabe quantas espécies existem na Terra. Cerca de 1,5 milhão foram descritas pela Ciência, mas há apostas variando entre 5 e 30 milhões.

... A maioria das espécies conhecidas são insetos. Cerca de 53% das 1,5 milhão de espécies descritas são insetos e todos os outros animais totalizam menos de 20%.

... Todos os anos cerca de 310 mil tartarugas marinhas são fisgadas acidentalmente pela pesca comercial feita com armadilhas e redes em todo o mundo.

... Avaliações internacionais apontam que a caça predatória reduziu o número de baleias a menos de 10% do número de animais existentes no início do século XX.

... O pau-brasil, árvore da Mata Atlântica, é considerado o melhor material para a confecção de arcos de violino. Infelizmente, estima-se que, para confeccionar um único arco de violino, é necessário 1 Kg de madeira e cerca de 80% das toras exploradas com essa finalidade são desperdiçadas.

... O Brasil um dos países do mundo que menos estuda formalmente a eficácia das plantas como remédio, apesar de possuir uma enorme riqueza de espécies vegetais.

... 85% do alimento consumido no mundo provém, direta ou indiretamente, de apenas 20 tipos de plantas e dois terços de apenas quatro carboidratos: milho, trigo, arroz e batata.

... A medicina usa 119 substâncias químicas extraídas de menos de 90 plantas para fabricar medicamentos. Quantas não poderiam ser extraídas de 250 mil plantas não estudadas?

Fonte: Almanaque Brasil Socioambiental - www.socioambiental.org.br -, compilado pelo Funbio (AmbienteBrasil, 09/01)

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