(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-01-10
A Câmara dos Republicanos espera reescrever uma das leis ambientais mais ambiciosas dos Estados Unidos – podendo mudar a forma como o governo avalia os impactos das ações sobre a terra, o mar e o ar. Por 36 anos, o governo baseou-se no NEPA – Ato/Lei Nacional de Política Ambiental – como ponto de referência para checar as atividades federais que apresentam “significativo impacto” sobre o meio ambiente. A lei requer que agentes federais determinem se a construção de empreendimentos como rodovias e projetos de controle contra cheias irão alterar as redondezas de uma determinada paisagem. E ela permite aos cidadãos desafiarem as conclusões do governo nesses casos. Seu escopo é amplo, e o governo realiza mais ou menos 50 mil estudos de impacto ambiental por ano.

“Há uma razão pela qual a chamam Carta Magna de lei ambiental", afirma o republicano Tom Udall (N.M.), que foi um dos principais legisladores da força-tarefa que examinou a lei. "O NEPA é o estatuto ambiental mais importante, pois envolve o público", acrescenta.

Mas republicanos como Cathy McMorris (Wash.), que secretariaram a força-tarefa de 20 membros, disseram que a lei levou a "atrasos, papéis excessivos e processos", mesmo ajudando o governo, como guia ambiental. No final de dezembro, seu grupo liberou um relatório de 30 páginas, que está agora sujeito a comentários públicos por 45 dias, para sugestões. "Espero que encontremos uma base comum e possamos avançar", afirmou McMorris em entrevista, acrescentando que o relatório deveria servir como “o começo para uma discussão".

O grupo que atua no relatório, baseado em sete audiências públicas encabeçadas por legisladores em todo o país, propõe estabelecer prazos mandatórios para que sejam concluídas as avaliações ambientais, dando grande peso a comentários feitos por grupos de interesse local, verificando se os esforços federais duplicam as avaliações feitas por atividades governamentais de Estados e definindo mais precisamente o que constitui uma “grande ação federal” sob a lei.

"Após uma cuidadosa revisão dos testemunhos e dos comentários, está claro que o NEPA é uma lei válida e funcional em muitos aspectos", escreveu o grupo. "Contudo, há elementos. . . que estão causando incerteza o suficiente para garantir melhorias modestas e modificações tanto nos estatutos quanto nas regulamentações. Fazer nada seria um desserviço para com todas as partes interessadas que participam do processo do NEPA", afirma o parecer.

Vários ambientalistas questionaram essas conclusões, observando que das 50 mil revisões anuais feitas por parte da área governamental, somente 0,2% levam a jurisprudências. Eles observaram que as administrações Clinton e Bush avaliaram como a lei está funcionando, e ambas concluíram que os problemas derivam mais da implementação inadequada, e não da lei em si mesma.

Segundo a diretora legislativa do Sierra Club, Deborah K. Sease, a linguagem do relatório era tão "vaga, que se poderia abrir uma porta para detonar com os princípios do NEPA". Cada lado aponta as virtudes e as falhas da lei.

Ambientalistas observam que os cientistas, no ano passado, anunciaram a redescoberta do presumivelmente extinto picapau do bico de marfim ao longo do Rio Cache, que o Corpo de Engenheiros do Exército planejava dragar até que um grupo de cidadãos desafiou as análises ambientais do Corpo de Engenheiros e bloqueou o projeto de controle de cheias dessa instituição.

O procurador dos Defensores da Vida Selvagem, Mike Leahy, disse que as leis existentes repousam sobre a idéia de “dar uma olhada rápida antes", um princípio que força o governo a considerar alternativas a ações ambientalmente danosas. Mas algumas empresas da área de celulose e papel afirmam que não estão prontas para salvar florestas queimadas por incêndios florestais por causa da elaboração de regulamentações do governo sob o NEPA.

Conforme McMorris, o relatório, escrito dentro da lei, não demandaria uma revisão radical das regras existentes. "Ele está construído sobre o que já está escrito na lei", afirmou. "Após 35 anos, penso que é muito apropriado olhar para como o ato (NEPA) está funcionando e fazer a pergunta: O processo pode ser melhorado”, questiona. (Washington Post, 06/01/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -