Prefeitura testa novos sanitários públicos na Capital
2006-01-09
Uma leva de 70 banheiros ecológicos instalados na orla do Guaíba neste final
de semana pode ser o início de uma revolução na estrutura de sanitários
públicos de Porto Alegre. Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(DMLU), se a experiência com as primeiras unidades for bem- sucedida, outras
330 serão alugadas, substituindo os cerca de 45 banheiros públicos.
O mais recente levantamento do DMLU indicou que 90% das unidades antigas
estão danificadas. A chaga do vandalismo pode fazer com que Porto Alegre
perca os tradicionais banheiros públicos, construídos em alvenaria.
- Reformar os sanitários custaria R$ 300 mil. Ainda não definimos, mas é
provável que desativemos os atuais banheiros-, afirma o diretor-geral do DMLU,
Garipô Selistre.
As 70 cabines ecológicas, segundo a prefeitura, foram emprestadas pela
empresa Sanitários Toalete Ltda até 10 de março. No final do período, a
prefeitura estudará a contratação definitiva de um serviço de banheiros
ecológicos.
O primeiro fim de semana em que a população pôde contar com as cabines móveis
fez com o que o movimento do banheiro público do Parque Marinha do Brasil
caísse. Segundo o zelador Alvino de Moraes, 56 anos, apenas a freqüência do
público feminino permaneceu.
- Mesmo estando danificado e sem reformas há três anos, o banheiro continua
oferecendo vantagens, como as pias-, diz Moraes.
Na praia da Ipanema, na Zona Sul, onde os usuários não tinham qualquer opção,
os banheiros ecológicos foram bem recebidos.
- Agora não preciso mais ir aos bares da Avenida Guaíba pedir para usar o
banheiro-, comemora a estudante Priscila Santos, 16 anos.
Segundo o DMLU, os banheiros ecológicos poderão ser uma alternativa para
todas as praças da cidade.
- A idéia é implantar em lugares como a Praça da Matriz, que não tem banheiro
-, afirma Selistre. (ZH, 09/01)