No próximo governo, o Rio Grande do Sul será auto-suficiente em energia. Há três anos o Estado importava 50% da carga e hoje o nível caiu para 40%. Em 2007, a compra de energia do sistema interligado cairá para níveis entre 20% e 25%, garante o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres.

No final deste ano, o Parque Eólico de Osório lançará 150 megawatts (MW) na rede elétrica - abastece 700 mil pessoas e economiza água dos reservatórios das hidrelétricas. Para 2009, está previsto o início das operações da termelétrica de Jacuí I, com 300 MW e, em 2010, Candiota III passará a fornecer mais 350 MW. Na avaliação de Andres, o quadro energético do Rio Grande do Sul é de total segurança.

Entre os dias 23 e 24 de março a secretaria realizará o fórum "O Futuro da matriz energética do Rio Grande do Sul", quando será feito um diagnóstico da produção e do abastecimento para os próximos 20 anos. A Companhia Riograndense de Mineração (CRM), na projeção do secretário, será "a menina dos olhos das estatais do Rio Grande do Sul".

A viabilização de Jacuí I e Candiota III, assegurada no leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quadruplicará as vendas de carvão da CRM, segundo Andres. As conclusões, positivas ao setor, foram compartilhadas com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e o Comitê de Operações e Planejamento do Sistema Elétrico do RS (Copergs), cita o secretário. No curto prazo, em fevereiro, haverá inauguração da subestação do Pólo Petroquímico em Nova Santa Rita. Ela reforçará a energia na Capital e região Metropolitana - recebeu R$ 180 milhões de investimento da CEEE e Eletrosul. Foi solicitada ao ONS e à Aneel construção de linha de reforço de 525 Kv, de Campos Novos a Santa Rita (R$ 150 milhões). (CP, 8/1)