Falta de chuva ameaça safra de feijão e milho
2006-01-09
A falta de chuva preocupa os produtores de milho e feijão das regiões Sul e Campanha. Nas outras áreas, as chuvas registradas na virada do ano foram consideradas benéficas e significaram um alívio.
Apesar de irregulares, reestabeleceram a umidade no solo, permitindo a semeadura das últimas áreas e encaminhando o plantio para o final. O milho tem 40% das lavouras em fase de enchimento de grãos e 30% em germinação. O feijão está numa situação um pouco melhor com um terço da safra colhida, mas 31% ainda em germinação e enchimento de grãos.
Segundo a Emater, o quadro é mais delicado nas cidades em torno de Pelotas, onde os índices pluviométricos ficaram abaixo de 20mm na última semana, e, em Bagé, que não ultrapassou a média de 9mm no acumulado dos últimos dez dias. São municípios onde há grande concentração de minifúndios, conforme o agrônomo da Emater, Gianfranco Bratta.
"A região é mais fria e, por isso, o milho e o feijão são plantados mais tarde e não têm desenvolvimento normal", explica. Contudo, o agrônomo ressalta que a diminuição no potencial das lavouras de milho só poderá ser verificado daqui a 15 dias porque 50% da safra está indefinida. "Os próximos dias serão decisivos", frisa.
Grande parte das lavouras de arroz apresenta um bom desenvolvimento foliar com 6% em fase de floração e 94% em germinação. Até o momento, não foram apresentadas informações sobre casos graves quando à disponibilidade de água. (CP, 7/1)