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2006-01-09
A organização ambientalista Greenpeace pediu ao governo uruguaio que paralise as obras das fábricas de papel Ence e Botnia, que estão sendo construídas na cidade de Fray Bentos, às margens do rio Uruguai. O pedido foi feito na última semana durante um encontro dos ambientalistas com membros da Direção Nacional de Meio Ambiente (Dinama), onde foi proposta também que o país adotasse um plano de produção limpa para a indústria da celulose.

"Como estão planejadas hoje, as plantas irão contaminar o rio Uruguai", avisou Juan Carlos Villalonga, diretor político da Greenpeace, em conversa com a subsecretária da Dinama, Alicia Torres. Segundo a ONG, os projetos das fábricas em construção "não correspondem aos modelos mais avançados de produção limpa disponíveis".

No documento entregue pela organização durante o encontro, é pedida a paralisação das obras das fábricas e do terminal portuário da Botnia no rio Uruguai, até que todas as entidades envolvidas no projeto façam um acordo para adoção de um plano de produção limpa para o setor. Isto significa, um processo que assegure que todas as etapas de produção, da obtenção de matérias primas, à venda e distribuição, incluindo campanhas de conscientização dos consumidores, sejam operadas com critérios de sustentabilidade e não agressão ambiental.

Entre as práticas a serem adotadas estão os processos de branqueamento da celulose totalmente livre de cloro e o circuito fechado de efluentes, assim como campanhas para reciclagem e redução do consumo. "As fábricas atualmente em construção não cumprem esses critérios", apontou Juan Carlos Villalonga.

Abordagem financeira
Desde os anos 90 que a Greenpeace defende a necessidade de transformação da indústria papeleira para evitar os passivos oriundos da atividade, amplamente denunciados pela ONG com relação às plantas celulósicas instaladas na Argentina. Os ambientalistas consideram esta uma oportunidade para que as autoridades do Uruguai e da Argentina cheguem a um consenso para estabelecer um padrão único para a implantação deste tipo de empreendimento.

"Dentro de 40 anos, tempo estimado de funcionamento desses equipamentos, os atuais funcionários públicos e políticos serão história, mas as populações às margens do rio Uruguai continuarão a sofrer as consequências das decisões tomadas agora", argumentou Villalonga.

Sobre o Estudo de Impacto Ambiental feito pelo Banco Mundial, Villalonga afirmou que "trata-se de uma abordagem da sustentabilidade financeira do empreendimento, com critérios ambientais apropriados para essa finalidade, o que de modo algum pode servir como referência para as decisões dos governos". "Os parâmetros adotados não representam necessariamente parâmetros ambientalmente saudáveis", completou ele, que também contestou a credibilidade da entidade, principal financiadora das florestas plantadas no Uruguai, de ser também a responsável pela avaliação ambiental dos impactos de uma indústria que se beneficia desses financiamentos.

Nas últimas décadas, o governo do Uruguai, com apoio de instituições como JICA e Banco Mundial, promoveu as plantações florestais. Entre 1985 e 2002, a exportação de produtos florestais do Uruguai aumentou 14 vezes. A solução apontada é que o Grupo Técnico de Alto Nível Argentino-Uruguayo, criado para discutir o impacto das papeleiras sobre o ecosistema compartilhado do rio Uruguai, elabore "um plano de Produção Limpa regional". Isso incluiria:
1) rejeição de tecnologias que utilizem cloro para o branqueamento da celulose;
2) eliminação total dos efluentes das plantas de pasta e papel (Ciclo fechado);
3) aumentar a porcentagem de papel reciclado na produção;
4) estabelecer línhas de crédito barato para investimento em despoluição e eliminação de efluentes para indústrias do setor;
5) que tanto as plantas industriais como as plantações florestais, passem a estar sujeitas à aprovação das comunidades afetadas por tais empreendimentos. (Com informações do Greenpeace, 05/01)

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