O cacique da Reserva da Guarita, nos municípios de Tenente Portela e Redentora, Valdonês Joaquim, anunciou que a comunidade indígena se mobilizará em 2006 para que sejam efetivadas mais ações em saneamento, infra-estrutura, educação e agricultura nas 11 aldeias. "Tivemos avanços nas duas primeiras áreas, no entanto, precisamos avançar muito mais em favor dos 7 mil caingangues e guaranis", afirma.

Valdonês enfatiza que um dos problemas mais graves e antigos nas aldeias da reserva é a falta de água potável. O cacique detalha que já existem oito poços artesianos abertos na região, mas nenhum deles foi acionado. "Enquanto isso, a população indígena é obrigada a consumir água de péssima qualidade", reclama. Joaquim explica que falta instalar o sistema de captação e distribuição do produto, assim como perfurar e acionar outros poços artesianos, para garantir água a todas as aldeias da reserva.

Outro desafio para este ano, de acordo com o cacique, é conseguir a ampliação de nove escolas e construir mais dois prédios para esse fim. "O número de alunos indígenas está crescendo e começa a faltar espaço", justifica. Valdonês e as demais lideranças da Guarita têm planos, ainda, para ampliar as lavouras de soja, milho e feijão. "Na safra atual, estão sendo colhidas mais de 20 mil sacas de produtos, mas precisamos avançar ainda mais", diz.(CP, 8/1)