Proposta de um modelo para avaliaçäo do impacto dos empreendimentos hidrelétricos sobre as doenças transmitidas por vetores, com especial referência a malária
2006-01-06
Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (RJ)
Ano: 1994
Autor: José Antônio Simas Bulcão
Contatos: tonibulcao@superig.com.br; bulcao@furnas.com.br
Resumo:
Este trabalho é o resultado do estudo sobre as dificuldades que os planejadores de modelos de desenvolvimento encontram para incorporar os problemas de saúde nos projetos de obras de usinas hidrelétricas, no Brasil. A monografia apresentada procura ressaltar a preocupaçäo com os problemas de saúde causados direta e indiretamente na populaçäo afetada por esses projetos. Aborda a complexidade do assunto, bem como o divórcio entre os avanços dos métodos epidemiológicos disponíveis para análise e a ausência de preocupaçäo, demonstrada pela maioria das empresas, com os problemas de saúde. Foram estabelecidos escores de 0 a III respectivamente para ausência, baixa, moderada, e alta vulnerabilidade de populaçäo afetada por doenças transmitidas por vetores (particularmente a malária), para a receptividade do meio ambiente aos vetores transmissores e para o impacto ambiental nos ecossistemas durante as etapas de implantaçäo, construçäo, enchimento do reservatório e operaçäo de usinas hidrelétricas, com um somatório de risco, portanto, de 0 a IX nas seguintes escalas: ausência de risco = O; baixo risco = I a III; moderado risco = IV a VI e alto risco = VII a IX. O modelo proposto foi aplicado nos empreendimentos hidrelétricos de Itumbiara, Corumbá I e Serra da Mesa, localizados no Estado de Goiás, em diversas fases de evoluçäo, observando-se para Itumbiara médio risco de malária na fase de implantaçäo e alto risco nas fases de construçäo e operaçäo e, para as demais, alto risco nas três fases. Finalmente säo discutidos os resultados obtidos nos três empreendimentos, onde o modelo proposto foi aplicado e a situaçäo de outros empreendimentos, como Itaipu, Tucuruí e outra hidrelétrica na Amazônia.