O prefeito de Concórdia (SC), Neodi Saretta, decretou ontem (5/1) situação de emergência por 90 dias em função da estiagem que atinge o Alto Uruguai catarinense. Agricultores buscam água para aliviar situação. Concórdia é o 14º município da região a adotar a medida em razão dos prejuízos com a estiagem.

As maiores perdas são registradas no milho, com 30%, e nas pastagens e na produção de leite, com 10%. Na cultura do feijão, as perdas são estimadas em 30%.

No início da tarde, foi realizada na prefeitura uma reunião entre representantes da Comissão Municipal de Defesa Civil, de agroindústrias, dos produtores rurais, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Voluntários, quando foi decidida a decretação de situação de emergência.

O secretário municipal da Agricultura, Antônio Colussi, diz que as perdas com a produção de milho estão mais acentuadas nas propriedades que se localizam às margens do rio Uruguai, situadas a 20 quilômetros da sede do município. Colussi revela que já foram contabilizados 15 transportes para produtores integrados de suínos e aves, totalizando, desde meados de dezembro de 2005, 115 mil litros de água.

O volume transportado não tem sido maior em função da implantação de mais de 60 quilômetros de redes de água, que beneficiaram 180 famílias somente no ano passado. Para hoje está prevista uma licitação para implantação de mais 12 redes de água, que beneficiarão 60 famílias das comunidades de Barra do Rancho Grande, Ouro e Linha Periquito.

Além do transporte de água realizado pela prefeitura, os Bombeiros Voluntários de Concórdia já distribuíram, desde setembro de 2005, 350 mil litros, utilizando-se de caminhões com capacidade para até 12 mil litros. As localidades mais atingidas pela seca e pela falta de água para aves e suínos são as linhas São Paulo, Presidente Kennedy, Sede Brum e Planalto. De 16 prefeituras que integram a Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense (Amauc), ainda não decretaram situação de emergência somente Itá e Xavantina.(CP, 6/1)