Greenpeace pede que Filipinas atue contra o desflorestamento e o aquecimento global
2006-01-06
A organização ecológica Greenpeace pediu quinta-feira (05/01), ao Governo das Filipinas que tome medidas para resistir à "combinação mortal" do aquecimento global e do desflorestamento, que juntos agravam e multiplicam os desastres naturais.
O Greenpeace indicou mediante um comunicado que "uma média de 500 vidas humanas se perdem a cada ano nas Filipinas em conseqüência dos 17 ou 22 tufões que passam pelo país" e cuja ação destruidora é favorecida pelo desflorestamento descontrolado.
O aquecimento global altera o clima e a seu efeito se atribui, em parte, um maior número de tufões, enquanto o corte da vegetação favorece as inundações, enchentes e deslizamentos de terras, de acordo com esta organização internacional.
"O Governo sempre recorre ao argumento de chuvas extremas para lavar as mãos de qualquer responsabilidade nos desastres causados por inundações", disse Von Hernandez, diretor da campanha contra o aquecimento global e o desflorestamento no Sudeste Asiático realizada pelo Greenpeace. "Dado o prospecto de um aumento das chuvas extremas no futuro, o Governo deve tomar medidas mais enérgicas para proteger as selvas que restam e para reduzir a dependência do país nos sistemas de energia fóssil que produzem a mudança climática e mudar para a energia renovável", acrescentou Hernandez.
A presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, proibiu a poda de árvores em dezembro de 2004 depois que 1.068 pessoas morreram e dezenas de milhares foram deslocadas pela passagem seguida de duas tempestades tropicais e outros tantos tufões pelo país. A governante levantou a restrição em março de 2005 por "razões humanitárias", porque "milhares de famílias pobres sofrem em áreas onde não há meios alternativos de sustento", segundo justificou.(EFE, 05/01/06)