Empresa nega posse de peixes apreendidos
2006-01-05
O proprietário da empresa Aquário Xingu, Lenilton Né de Souza, localizada no município de Altamira, sudoeste do Pará, nega que as caixas de peixes regionais apreendidas pelo Ibama e pela Receita Federal no dia primeiro no aeroporto de Belém sejam todas de sua empresa. Ele apresentou nota fiscal nº 002600, com carimbo da Secretaria Executiva de Fazenda (Sefa), onde costam que apenas 15 das 57 caixas apreendidas eram da Aquário Xingu.
Na hora da fiscalização, nem os fiscais da Receita Federal nem do Ibama tiveram acesso às notas fiscais, já que a carga era transportada apenas com uma nota de despacho assinada à mão, cujo destinatário seria a empresa D. D Uliana, localizada em Belém e que exporta peixes ornamentais da Amazônia para a Europa e Japão. Eram filhotes e espécies já adultas de arraias, bodós e cascudos, acondicionados de forma irregular, já que grande parte chegou na capital morta. Foi necessário trocar a água e oxigenar novamente os sacos plásticos onde os peixes eram transportados. Muitos vieram dentro de caixas de papelão e outros em caixas de isopor.
Lenilton Souza afirma que não sabe a quem pertencem as outras 45 caixas com os peixes, já que apenas enviou 15 caixas. Nelas, segundo o empresário, as espécies estavam bem acondicionadas, pois a sua empresa é especializada no negócio.
O dono da Aquário Xingu também apresentou cópia da Guia de Transportes Animal (GTA), contendo o nº 9318947, expedida pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e outra da Guia de Trânsito de Peixe Nativo, expedida pelo Ibama sob nº 111. Nesta guia consta o carimbo de mercadoria liberada pelo instituto, datada do dia 2, um dia após a apreensão da carga no aeroporto. (O Liberal-PA, 04/01)