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2006-01-04
Depois de esperar por 12 horas pela dissipação de gases perigosos, as equipes de resgate entraram na mina de carvão que explodiu e soterrou 13 trabalhadores na segunda-feira (02/01) em West Virginia (EUA).

Até ontem ainda não era conhecida a condição dos mineradores -- que estariam 76 metros abaixo do solo e 3 quilômetros dentro da mina. Quatro trabalhadores da mesma companhia haviam tentado atingir o local mas foram barrados por um muro de escombros. Desde a explosão não havia contato com os trabalhadores presos.

Ainda era desconhecido quanto ar ou de espaço os mineradores dispunham. Horas depois da explosão, equipes de busca e resgate estavam prontas para entrar na mina Sago mas tinham que esperar pela dissipação do altos níveis de monóxido de carbono, um produto da combustão, ventilado através de buracos do solo.

Uma equipe de resgate tinha percorrido, por volta das 1h18 (4h18 em Brasília) da terça-feira (03/01), cerca de três quartos do caminho até o local em que estariam os mineiros, disse Roger Nicholson, conselheiro-geral do Grupo International Coal, proprietário do local.

Autoridades disseram haver à disposição 14 equipes de resgate com cinco membros cada uma a fim de garantir que os esforços para salvar os mineiros não sejam interrompidos. "Esse é um processo muito lento e cuidadoso", afirmou o vice-presidente sênior da empresa, Gene Kitts.

O governo federal mandou um robô de resgate para a mina, situada a 161 km de Charleston, na Carolina do Norte. As equipes de resgate usaram uma sonda dentro da câmera onde estariam os mineiros e testaram ali o nível de oxigênio. Um microfone também foi usado para procurar por sinais de vida.

Infelizmente nada disso adiantou. Dos 13 mineiros presos apenas um foi resgatado com vida na noite de terça-feira.

Desde outubro, a Agência de Segurança e Saúde nas Minas, um órgão dos EUA, fez 50 intimações à mina de Sago, identificando no local, entre outras irregularidades, o acúmulo de materiais combustíveis como pó de carvão e pedaços de carvão.(Associated Press / Reuters, 03/01/06)

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