As chuvas, mesmo que esparsas e irregulares, nos últimos dias, têm contribuído para um desenvolvimento satisfatório de algumas culturas no estado. Para o milho, o clima amenizou bastante a situação das lavouras, principalmente naquelas em que as plantas se encontram nas fases de floração e enchimento de grãos e que representam, atualmente, cerca de 61%.

Outros 4% se encontram em fase de maturação completa e estão prontos para serem colhidos. Nas lavouras maduras, o potencial apresentado é bastante satisfatório, tendo em vista o período de floração ter ocorrido em condições favoráveis de umidade. Para as demais, há variações que expressam as diferenças dos sistemas de produção (tipo de plantio, níveis de adubação e tratos culturais) empregados pelos produtores e pela quantidade de chuva recebida que, como se sabe, tem sido bastante irregular e variada conforme a região.

Na semana avançou a colheita do feijão, com o estado alcançando 27% de sua área já colhida e outros 21% prontas para que a produção seja retirada. As produtividades obtidas continuam bastante irregulares, porém, no geral, ainda dentro da média projetada inicialmente em 905 quilos por hectare. Conforme os técnicos da Emater, é possível que, tendo em vista a irregularidade do tempo e o alto percentual (45%) de lavouras em fases críticas com relação à deficiência hídrica (floração e enchimento de grãos), esse número possa sofrer alteração. Vale lembrar que a produtividade média estadual, alcançada nos últimos cinco anos (2001/05) para o feijão da primeira safra, é de 878 quilos por hectare.

A soja está com desenvolvimento satisfatório com exceção das lavouras semeadas recentemente e que encontraram certa dificuldade na germinação e as que começam a entrar na fase de floração (3%). As demais se encontram fora da fase de risco, no tocante à falta de uma umidade mais adequada, podendo recuperar plenamente todo o potencial dependente do nível tecnológico, caso o regime de chuvas se normalize. (O Nacional, 3/1)