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2006-01-03
A substituição da produção de fumo pela de alimentos orgânicos iniciada em 1998 pelos agricultores de Santa Rosa de Lima, no sudeste de Santa Catarina, desencadeou uma onda de negócios que elevou os lucros provenientes do campo e gerou uma nova fonte de renda no setor turístico. A brusca mudança de cultura — de um produto prejudicial à saúde para outro livre de agrotóxicos — seguida da exploração do agroturismo teve reflexo positivo nas condições de vida da região: a economia local cresceu e se diversificou, os rendimentos aumentaram, o êxodo diminuiu e até mesmo a proteção ao meio ambiente melhorou.

O processo teve início quando as famílias de agricultores de Santa Rosa de Lima e arredores foram estimuladas por um grande supermercadista de Florianópolis a cultivar alimentos orgânicos. Com a garantia de que teriam comprador para a produção, eles abandonaram as plantações de fumo e passaram a produzir frutas, verduras e legumes sem agrotóxicos. Até mesmo produtos processados, como cenouras, beterraba e pepino em conserva, molho de tomate, geléias de frutas e açúcar mascavo, não recebiam qualquer aditivo inorgânico, como conservantes artificiais.

“Os consumidores queriam saber qual a procedência desses alimentos orgânicos, como eles eram cultivados, mas se viessem para cá não tinham onde se hospedar. Foi então que a Agreco (Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral) começou a reunir os agricultores para organizar uma estrutura para receber os turistas”, conta Leonilda Boing Balmann, produtora de mel da região e coordenadora da organização criada a partir dessas reuniões, a Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia, uma das vencedoras do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - Brasil 2005.

A partir desses encontros, as famílias de agricultores se organizaram e, em 1999, decidiram abrir as portas de suas residências e para a receber pesquisadores, estudantes e interessados na produção orgânica de todo o país. “Quem tinha uma casa mais antiga na propriedade reformou para fazer a hospedagem, mas quem não tinha hospedava os turistas na própria casa mesmo”, conta Leonilda. Além de vivenciar o clima de fazenda, os visitantes podem aprender as técnicas de cultivo e o método de produção dos alimentos orgânicos processados, como o molho de tomate ou o açúcar mascavo.

Pelo menos metade dos alimentos oferecidos ao turista nas refeições é produzida na própria fazenda em que ele está hospedado, outros 40% são provenientes de propriedade vizinhas e apenas 10% são comprados em mercados. “Nem todos os produtos servidos são orgânicos. Algumas refeições nós conseguimos fazer só com alimentos orgânicos, mas o arroz, por exemplo, não é orgânico. Então não é uma alimentação 100% orgânica, mas é uma alimentação diferenciada”, ressalta Leonilda.

O sucesso do agroturismo na região é indiscutível. A Acolhidas da Colônia que tinha menos de dez agricultores associados em 1999, hoje agenda viagens para 40 propriedades familiares em seis municípios — Rancho Queimado, Anitápolis, Rio Fortuna, Gravatal e Grão Pará, além de Santa Rosa de Lima, onde o PIB do setor de serviços já representou 60% do PIB da agricultura em 2002, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
(Informações do PNUD/PrimaPagina, 02/01/2006 - http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=1711&lay=pde)
Links relacionados: Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - http://www.odmbrasil.org.br/

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