Celesc quer vender participação em PCHs e na usina de Machadinho
2006-01-03
A Celesc - Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) - vai vender seus ativos de geração dentro do processo de desverticalização da companhia, seguindo regras da agência reguladora do setor elétrico, Aneel. Nesta segunda-feira, a companhia anunciou a aprovação da contratação de empresa especializada para avaliar 12 pequenas usinas hidrelétricas (PCHs).
Além das PCHs, que possuem potência instalada de 84 megawatts, a Celesc pretende vender a fatia de 15 por cento na usina hidrelétrica de Machadinho, de 1.140 megawatts, informou à Reuters o diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da empresa, Gerson Berti.
Controlada pelo governo do Estado de Santa Catarina, a Celesc colocará à venda outros ativos, como os 23 por cento que possui na usina hidrelétrica de Dona Francisca (125 MW), no Rio Grande do Sul, e os 10 por cento na usina de Campos Novos (880 MW), em Santa Catarina.
"Temos até junho para concluir o programa de desverticalização", informou Berti, que também gostaria de vender os 19,3 por cento que possui na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), adquiridos em troca de uma dívida em 2000.
"Mas isso vai ser mais complicado. O investimento no setor de saneamento se revelou muito ruim", avaliou, referindo-se à saúde financeira da companhia. A Casan deve 90 milhões de reais à Celesc por fornecimento de energia e propôs o pagamento em imóveis, o que ainda será analisado.
Segundo Berti, excluída a provisão que será feita por conta da dívida da Casan, a Celesc teria em 2005 o melhor lucro da sua história.
"Mesmo assim teremos um lucro importante e manteremos o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) nos mesmo níveis de 2004, cerca de 17 por cento", afirmou. (Reuters Brasil, 02/01)