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emissões de co2
2006-01-03
A Espanha aposta na América Latina em relação ao mercado de carbono, com a esperança de abater suas emissões de gases causadores do efeito estufa, que continuam irrefreáveis. Empresas espanholas já estão instalando usinas de geração de energia limpa em vários países da região, o que lhes permitirá “comprar” bônus equivalentes à quantidade de dióxido de carbono que liberam com a queima de combustíveis fósseis, dedutíveis das emissões de suas centrais térmicas da Espanha. O dióxido de carbono (CO2) é o principal desses gases, que provocam o aquecimento global.

Com emissões de CO2 em alta (só em 2004 aumentaram 45%), a Espanha espera adquirir, pelo menos, 60 milhões de toneladas equivalentes de CO2 no mercado de carbono. Cerca de nove milhões de toneladas desse gás virão da Iniciativa Ibero-Americana de Carbono (IIC) que, criada no dia 10 de outubro, está focada em projetos de energia renovável na América Latina e no Caribe. O governo espanhol destinará 8,5 milhões de euros (US$ 10,2 milhões) para a IIC em 2006 e chegará a 46,4 milhões de euros (US$ 57 milhões) em 2010.

Os projetos estão incluídos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto sobre mudança climática (1997), que permite às nações industrializadas investir em projetos limpos no Sul, para cumprirem seus compromissos de reduzir os gases que causam o efeito estufa. A IIC será gerida pela Corporação Andina de Fomento (CAF), braço financeiro da Comunidade Andina de Nações (à qual pertencem Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela). “Para a CAF, bem como para o governo espanhol, é importante que sejam beneficiados, principalmente, projetos de energias renováveis, por isso este será um filtro fundamental na avaliação dos projetos”, disse María Teresa Szauer, diretora de meio ambiente da CAF.

Recursos abundantes
Para o ambientalista Domingo Jiménez Beltrán, ex-diretor da Agência Européia de Meio Ambiente e assessor do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, a IIC “colocará em valores os imensos recursos naturais da América Latina, com visão de futuro”. A troca de dióxido de carbono deve integrar-se a ações de grande envergadura para produzir energias com recursos renováveis que abundam na América. Dessa maneira, serão consumidos menos combustíveis fósseis, acrescentou Jiménez. A maioria dos cientistas atribui a mudança climática atual à poluição industrial, em particular à produzida pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão).

O Protocolo de Kyoto, em vigor desde fevereiro, obriga todas as nações industrializadas (menos Estados Unidos e Austrália, que não o ratificaram) a reduzir em 5,2% suas emissões, em relação às de 1990, isso até 2012. A Espanha está longe de diminuir essa meta. Suas emissões de dióxido de carbono aumentaram 39% em 2000, 41% em 2003 e 45% no ano passado. Embora os dados de 2005 ainda não sejam conhecidos, prevê-se outra expansão, por causa da seca que reduziu a geração hidrelétrica e aumentou a geração térmica, enquanto o consumo elétrico subiu 6%.

Um dos principais projetos espanhóis dentro do MDL fica na Guatemala. Trata-se da hidrelétrica de Las Vacas, proposto pela multinacional espanhola Iberdrola, que conseguirá crédito para redução anual de 90 mil toneladas de dióxido de carbono. Las Vacas, em funcionamento desde maio de 2002, é parte de uma estratégia da empresa, segundo a qual 74% da energia gerada está livre de gases causadores do efeito estufa, disse um porta-voz da companhia. A empresa estuda instalar outra hidrelétrica na Guatemala e usinas eólicas no Brasil (Rio do Fogo) e México (La Venta II).

Beneficiando camponeses
O complexo La Venta II será formado por 98 aerogeradores no istmo de Tehuantepec, com capacidade de 200 megawatts e começará a funcionar em 2006. Madri já autorizou os trâmites para que o projeto seja aceito dentro do MDL. A companhia assegura que, quando entrar em funcionamento, realizará pagamentos aos camponeses da região pelo uso dos terrenos onde estarão instalados os aerogeradores. O governo espanhol também deu seu aval para outra iniciativa MDL, no México, destinada a melhorar o sistema de transporte público com ônibus de grande capacidade de passageiros equipados com motores eficientes e menos poluentes, que circularão por faixas exclusivas, disse o secretário-geral para a Prevenção da Contaminação e da Mudança Climática da Espanha, Arturo Gonzalo Aizpiri.

Outra empresa energética da Espanha, a Endesa, com fortes investimentos na América Latina, negocia com Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru projetos para adquirir direitos de emissão por 15 milhões de toneladas até 2012, parte deles dentro da IIC, informou o diretor de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da companhia, Jesús Abadia. Além disso, a Endesa investe em tecnologias menos poluentes, “como ciclos combinados, energias renováveis e melhora de eficiência das usinas existentes”, ressaltou.(Terramerica 02/01/06)

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